Futuro de hidrelétricas levanta insegurança
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
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Até 2040, a Fundação Getulio Vargas (FGV) acredita que seja necessária a construção de 18 unidades nucleares no País, com o intuito de garantir a segurança na matriz energética. A justificativa é baseada na baixa estimativa de ampliação da capacidade dos reservatórios hidrelétricos brasileiro: 2% até 2022. O percentual é preocupante, afirmam especialistas no setor nuclear, uma vez que 80% da geração elétrica nacional vem das usinas hidrelétricas.
Para o chefe do escritório da Eletronuclear no Nordeste, Carlos Henrique Mariz, é preciso retomar com urgência os projetos nucleares. “O Nordeste deveria ser a região do Brasil mais interessada pela energia nuclear, tendo em vista a escassez de água e a falta de grandes reservatórios”, afirmou, complementando: “Não se pode ser refém de apenas um sistema energético. O Brasil tem que entender o seu problema”.
Cada reator nuclear tem capacidade para produzir 1 mil MW, enquanto, por exemplo, são necessárias 80 fazendas de energia eólica para ser produzida uma média de 1,2 mil MW. Apesar disso, desde 2010 o Projeto Nuclear do Rio São Francisco se arrasta. Quatro áreas da região vêm sendo estudadas para receberem unidades geradoras. Em Pernambuco, os estudos estão sendo realizados na microrregião de Itaparica.
A construção dessas usinas, entretanto, esbarra na falta de planejamento governamental e no receio da sociedade com as usinas nucleares, depois do acidente de Fukushima, em 2011, no Japão. O incidente, inclusive, foi responsável pela desaceleração do Programa Nuclear Brasileiro. “É preciso entender que, no caso de Fukushima, não houve falha no sistema. Foi necessário acontecer um tsunami para termos a explosão”, argumentou Mariz. Ele garante que não há qualquer possibilidade de acontecer no Nordeste o mesmo que aconteceu em Fukushima. “Os estudos estão levando em conta vários critérios, entre eles o solo e a ausência de terremotos”, disse.
Conferência
A necessidade de orientar a população sobre os benefícios da energia nuclear, assim como desmistificar seus riscos, e, principalmente, alertar para a situação da matriz energética do País, é que o Nordeste vai receber pela primeira vez a Conferência Nuclear Internacional do Atlântico (Inac), entre os próximos dias 25 e 29, no Centro de Convenções. Nos cinco dias de evento, 450 trabalhos científicos devem ser apresentados. As inscrições custam R$ 200 (graduando), R$ 300 (mestrando), R$ 400 (doutorando) e R$ 1,4 mil (profissionais). Mais informações no site www.inac2013.com.br
Fonte: Folha-PE
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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