País mais novo do mundo enfrenta violência e tentativa de golpe

Pouco mais de dois ano após ser reconhecido pela ONU e se tornar o mais novo país do mundo, o Sudão do Sul enfrenta violência étnica e disputa por poder, principalmente na capital, Juba. Segundo o presidente do Sudão do Sul, Salva Kiir, houve uma tentativa de golpe de Estado na segunda-feira (16), mas as forças de segurança conseguiram evitar a queda do governo.

Em pronunciamento em rede nacional, vestindo uniforme militar, o presidente disse que soldados de dentro das Forças Armadas, mas unidos em facções diferentes, entraram em confronto na madrugada de segunda, o que desencadeou uma tentativa de golpe. Segundo ele, o grupo que tentou derrubar o governo apoia o ex-vice presidente Riek Machar, demitido no meio do ano e rival político do atual presidente.

De acordo com o ministro de Defesa sul-sudanês, Kuol Manyang, os confrontos mataram mais de 500 pessoas, entre civis e militares, nos últimos dois dias. Cerca de 200 pessoas ficaram feridas, e dez foram detidas sob a acusação de envolvimento na tentativa fracassada de golpe de Estado – entre elas seis ministros do atual governo. O ex-vice presidente não foi capturado e está foragido.

Os confrontos aumentam o temor de uma guerra entre etnias no Sudão do Sul. Mashar é da etnia Nuer, enquanto que o presidente pertence a etnia Dinka. As duas tribos já se envolveram em conflitos e guerras no passado, mas se aliaram durante a guerra contra o Sudão pela independência do país. Não está claro se o confronto desta semana é causado por tensões étnicas ou políticas.

Por ser um dos países mais pobres do mundo, os sistemas de telefonia e comunicação ainda são precários no Sudão do Sul. Por causa disso, há pouca informação sobre os confrontos. Segundo representantes da ONU, houve troca de tiros em quartéis e em regiões próximas ao aeroporto. A Embaixada dos EUA no país recomendou que todos os cidadãos americanos deixassem o Sudão do Sul imediatamente.

Segundo a ONU, cerca de 16 mil civis buscaram refúgio no complexo das Nações Unidas no país. A representante da ONU no Sudão do Sul, Hilde Johnson, fez um pedido por meio de um comunicado aos dirigentes do país, aos partidos políticos e aos líderes tribais para que freiem “toda ação que gere tensões étnicas e provoque violência”.

Fonte: ÉPOCA

Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)

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