A ideia é tentadora: bastam alguns minutos de passatempos e enigmas diários para se tornar mais inteligente, esperto, sociável, habilidoso e autoconfiante. Em um mundo com 3,6 milhões de pessoas com a doença de Alzheimer, a preocupação em deixar o cérebro afiado é grande, e existem empresas que prometem exatamente isso. Com joguinhos agradáveis de fazer, muitos deles on-line, desenvolvedores garantem um incremento das funções cognitivas para os usuários. O chamado “treinamento cerebral”, contudo, está longe de ser um consenso.
Dois estudos recentes indicam que o método não serve para o que se propõe. Mas não chega a ser uma farsa. Cientistas que investigaram a eficácia desse tipo de ginástica para a mente concluíram, em pesquisas independentes, que ninguém fica mais inteligente por resolver os passatempos. Por outro lado, eles podem melhorar o desempenho nas tarefas específicas que estão sendo treinadas. Além disso, um dos estudos encontrou evidências de que a memória de trabalho (também chamada de curto prazo) é beneficiada pela “malhação” cerebral.
“É difícil passar um tempo na internet sem ver o anúncio de algum site que promete treinar seu cérebro, melhorar sua atenção e aumentar o seu QI. Essas alegações são particularmente atraentes para pais de crianças que estão passando por dificuldades na escola”, diz o psicólogo Randall Engle, pesquisador do Instituto de Tecnologia da Geórgia e autor de um estudo sobre o tema, publicado no jornal Psychological Science. “Esses sites, aplicativos e livros de passatempos tornaram-se bastante populares, mas as pesquisas estão mostrando que, embora possam ajudar a manter uma informação na mente, eles não vão te beneficiar no sentido de ajudá-lo a raciocinar e a resolver problemas”, garante.
Fonte: Correio Braziliense
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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