Dilma nega temer investigações da CPI da Petrobras
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
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Apesar de o Palácio do Planalto ser acusado pela oposição de estar atuando de forma combinada com o presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL), para dificultar a instalação da comissão parlamentar que vai apurar as denúncias de irregularidades em contratos na Petrobras, a presidente Dilma Rousseff (PT) afirmou na noite de ontem (6), em jantar com jornalistas, que não vê problema na instalação do colegiado.
“Não temo nada de CPI. Não devo nada e, portanto, não tenho temor nenhum”, declarou a petista, acrescentando que o governo age com “absoluta transparência”.
Entretanto, a presidente Dilma Rousseff disse acreditar que o foco da Comissão Parlamentar de Inquérito, na verdade, é investigar sua atuação enquanto chefe do conselho de administração da estatal do petróleo. “O interesse todo nesta história sou eu”, desabafou, ao dizer que a oposição não possui a intenção de atingir o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ou o ex-presidente da Petrobras, José Sérgio Gabrielli.
“Não tem dúvida que tem um componente político nisso aí”, disse. “É sempre muito contraditório o tratamento que se dá no país às investigações sobre qualquer coisa, investigações que só atingem o Governo Federal”.
A presidente assegurou que “não se arrepende” de ter dito, por meio de nota à imprensa, que não teria votado a favor da compra da Refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos, se conhecesse as cláusulas de put option e marlim, consideradas desfavoráveis à empresa e que foram omitidas do resumo técnico apresentada à diretoria da estatal, em 2006, na reunião que definiu a compra da refinaria belga.
“Não me arrependo não. Não falei nada que todos não soubessem e tudo isso está nas atas”, disse a presidente. “Portanto, é uma tolice meridiana dizer que todas as cláusulas [put option] são iguais. Não são. Cada uma tem sua cláusula”.
A presidente afirmou ainda que não estava alia para julgar nem Nestor Cerveró, ex-diretor da área internacional da Petrobras, responsável pelo resumo técnico que omitia algumas das principais cláusulas do contrato de Pasadena, e nem Sérgio Gabrieli. Segundo ela, a omissão destas cláusulas no resumo entregue aos conselheiros que serviu de base para aprovar a compra da refinaria pode ter sido “um equívoco”. “Mas não sei se houve má-fé”, emendou.
Fonte: Magno Martins
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