O príncipe Charles, da Inglaterra, fez um comentário polêmico durante uma visita ao Canadá, ao comparar as recentes ações do presidente russo, Vladimir Putin, às de Adolf Hitler.
O jornal britânico The Daily Mail afirma nesta quarta-feira que várias testemunhas ouviram o príncipe fazer este comentário a Marienne Ferguson, de 78 anos, que fugiu dos nazistas aos 13 e perdeu sua família no Holocausto.
“Falei com ele sobre meus antecedentes familiares e sobre como cheguei ao Canadá”, declarou Ferguson ao jornal.
“O príncipe depois disse: ‘e agora Putin está fazendo quase o mesmo que Hitler'”, acrescentou.
“Devo dizer que concordo com ele e estou certa de que muita gente também concorda (…) Fiquei muito surpresa com o fato de ele fazer este comentário, porque eles (a família real) não costumam dizer essas coisas, mas foi muito sincero e honesto”, disse.
O herdeiro da Coroa conversou com Ferguson durante uma visita ao Museu Canadense da Imigração, em Halifax, Nova Escócia, em uma escala de sua viagem de quatro dias pelo Canadá junto a sua esposa Camila.
O príncipe Charles e sua mãe, a rainha Elizabeth II, se encontrarão com Putin na comemoração do Dia D da Segunda Guerra Mundial, em 6 de junho no norte da França.
A Clarence House (residência oficial do príncipe) não quis comentar estas informações.
“Não comentamos conversas particulares”, afirmaram na Clarence House.
“Mas gostaríamos de deixar claro que o Príncipe de Glaes não tentaria fazer declarações políticas públicas durante uma conversa particular”.
Ferguson falou com a BBC e ofereceu um relato similar do ocorrido: “Fez o comentário de que Putin está fazendo as mesmas coisas que Hitler fazia”.
“Foi apenas um pequeno comentário, não pensei que ia causar esse alvoroço”, disse.
Os membros da Casa Real não comentam assuntos políticos e a mãe de Charles, Elizabeth II, fez desta convenção uma regra rígida.
Até o momento não há uma reação oficial de Moscou, mas o popular jornal Moskovsky Komsomolets afirmou que as palavras do herdeiro da Coroa “correm o risco de desencadear um escândalo internacional e complicar as já difíceis relações entre Grã-Bretanha e Rússia”.
O jornal estimou que o momento foi “mal escolhido”, levando-se em conta a proximidade do aniversário do desembarque na Normandia.
As declarações do príncipe refletem a frustração ocidental com a Rússia por seu confronto com a Ucrânia.
A anexação russa da província ucraniana da Crimeia em março desencadeou a pior crise nas relações entre Ocidente e Moscou desde a Guerra Fria.
A anexação foi seguida pelo surgimento de grupos pró-russos contra Kiev que colocaram a Ucrânia à beira da guerra civil.
Fonte: Diário de PE
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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