Graça Foster admite chance de ‘erro’ em planejamento da refinaria de PE
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
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A presidente da Petrobras, Graça Foster, reconheceu nesta quarta-feira (11), em depoimento à CPI mista que investiga denúncias contra a estatal, que a petroleira pode ter cometidos “todos os erros” no planejamento da refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco. A dirigente, no entanto, garantiu que os projetos da planta de refino foram elaborados de forma “técnica” e receberam aprovação da diretoria da estatal.
“Essa fase um [da construção de Abreu e Lima] foi aprovada pela diretoria da Petrobras em setembro de 2005. Em seguida, passamos para as fases dois e três. Foi um trabalho muito importante. Podemos ter cometido todos os erros, mas foi um trabalho técnico”, defendeu Graça Foster aos congressistas.
A construção da refinaria, uma parceria do Brasil com a Venezuela, foi anunciada em 2005. Pelo acordo entre os dois países, a obra deveria ser bancada pela Petrobras (com 60%) e pela PDVSA (com os 40% restantes). Iniciada em 2006, a obra foi orçada inicialmente em US$ 2,5 bilhões, mas o custo final ficou em US$ 18,5 bilhões.
O aumento dos custos do projeto é investigado pelo Ministério Público Federal. O ex-diretor de Refino e Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, investigado pela operação Lava Jato, da Polícia Federal (PF), é suspeito de ter superfaturado o empreendimento.
Questionada pelo relator da CPI, deputado Marco Maia (PT-RS), sobre a declaração de Costa de que as estimativas de custo de Abreu e Lima eram “conta de padeiro”, Graça Foster se emocionou e respondeu com os olhos marejados.
“Nós não aceitamos que tenhamos feito as contas de qualquer maneira. Eu me nego a repetir essa palavra, acho medonha em respeito à Petrobras. A diretoria é digna e temos que trabalhar exaustivamente na engenharia da Petrobras [interrompe a fala]. Temos equipes fazendo termoelétricas, gasodutos. Não concordo, definitivamente, que possa atribuir a engenharia da Petrobras essa condição”, declarou.
Segundo ela, o projeto inicial da refinaria foi modificado porque se verificou que “em lugar nenhum do mundo” essa obra poderia ser concluída por US$ 2,5 bilhões.
“Esse projeto inicial não foi o projeto construído. Por 2,5 bilhões [de dólares], em lugar nenhum do mundo seria construída uma refinaria. Esse projeto ‘fase um’ nunca saiu da prancheta. Foi um trabalho grande e intenso da Petrobras que conta o desconhecimento que tínhamos do óleo que efetivamente seria entregue”, destacou a dirigente.
Graça Foster disse ainda que uma série de fatores justifica o aumento dos custos da obra, como a variação do câmbio durante a construção e a necessidade, verificada posteriormente, de separar dois tipos de petróleo no momento do refino, o que demandou uma infraestrutura mais sofisticada.
Fonte: G1
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)





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