Fruticultura já teme o pior
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
- Category : Clipping
A água do Rio São Francisco faz do Sertão abundante, quando dá à terra seca a possibilidade da irrigação. Torna o solo arenoso em terreno fértil para a produção da fruticultura. O Vale do São Francisco, mais especificamente Petrolina (PE) e Juazeiro (BA), é a prova disso. Porém, de forma lastimável, a nascente do Velho Chico está com sede, depois que a pior estiagem já enfrentada no Sudeste fez desaparecer seu principal olho d’água, que inicia em São Roque, no estado de Minas Gerais. Por causa disso, o cenário de bons frutos pode mudar. Se São Pedro não mandar a tão aclamada chuva, esses perímetros irrigados irão sofrer com os impactos dessa morte anunciada.
São 2,2 milhões de hectares de frutas, sobretudo manga e uva, dependentes da vazão do Reservatório de Sobradinho para continuarem produtivos. São mais de três mil produtores que atuam em projetos irrigados sem saber o que os próximos meses escondem, caso o escoamento da barragem baixe dos atuais 1,1 mil metros cúbicos por segundo (m³/s). “É uma situação extremamente preocupante, pois dependemos do nível da vazão. Se não houver chuva, é certo que poderemos ser afetados”, alertou o presidente da Associação dos Exportadores de Hortigranjeiros e Derivados do Vale do São Francisco (Valexport), José Gualberto.
Na visão do empresário, a situação chegou ao extremo, pois faltou sensibilidade do governo em aplicar políticas permanentes de preservação da bacia. “Faltou o trabalho de eficiência do uso da água, principalmente no que se refere à energia. Houve incentivo ao aumento do consumo, mas não se teve preocupação permanente com o rio”, criticou Gualberto. Ontem, o fiscal do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Lourenço Lemos da Silva, visitou a nascente do Rio São Francisco. De acordo com ele, os pequenos afluentes que a formam já deixaram de existir.
Com o panorama alarmante – nunca visto na história do Velho Chico – o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF) sugere a necessidade urgente da promoção do uso racional da água, antes que ela se acabe por completo. Além disso, o CBHSF defende que a situação sirva de alerta para o início de mudanças no modelo da matriz energética do rio.
Segundo o presidente da Valexport, o consumo de água irrigada no Vale do São Francisco é inexpressivo quando comparada ao uso para a geração de energia. “O Brasil já deveria estar discutindo outras formas de energia”, concordou José Gualberto.
Fonte: Blog da Folha
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)





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