Mercado estima que aumento médio do combustível fique entre 5% e 7% nas bombas
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
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O consumidor pernambucano vai pagar R$ 9,95 a mais para encher o tanque (45 litros) de gasolina com a volta da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide) a partir de 1º de fevereiro. O cálculo foi feito pela Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac) levando em conta o preço médio de R$ 2,79 por litro de gasolina fixado pela Agência Nacional de Petróleo (ANP) e o repasse integral do valor da Cide e PIS-Cofins de R$ 0,22 na refinaria. A estimativa do mercado é que o aumento médio fique entre 5% e 7% nas bombas no país, dependendo da concorrência entre as distribuidoras de combustíveis.
O aumento do preço da gasolina é mais arrocho para o bolso do trabalhador. “É uma medida de compensação dos prejuízos da má administração e dos desvios do governo. Quem vai pagar a conta é o consumidor”, reclama o contador Élemer Janovitz, 47. Ele conta que percorre uma média de 20 km/dia e abastece com gasolina (80%) e com álcool hidratado (20%). “O jeito é pagar mais caro”.Assim como Élemer, o motorista Luiz Joaquim de França, 55, diz que não pode abrir mão do carro porque faz parte da sua atividade diária. Ele gasta um tanque de gasolina por semana e paga em média R$ 112 para abastecer, dependendo do preço promocional dos postos de gasolina na Região Metropolitana do Recife (RMR). “Eu acho que está errado porque o aumento de imposto só cai em cima do trabalhador”.
Cauteloso, o presidente do Sindicombustíveis de Pernambuco (sindicato dos postos de gasolina),Alfredo Pinheiro Ramos, diz que haverá impacto da Cide nos preços dos combustíveis, mas evita apontar o preço futuro. Segundo ele, o preço da gasolina é uma guerra no Recife e na RMR. “As distribuidoras já avisaram que vão tirar o desconto do PIS-Cofins e da Cide”. Miguel Oliveira, diretor-executivo da Anefac, é taxativo: “Vai ser repassado de imediato e embutido no preço tão logo os postos de gasolina recebam o combustível com o novo preço praticado na refinaria”.
O peso da Cide, R$ 0,11 por litro de óleo diesel, e do PIS-Cofins vão puxar para cima os preços dos alimentos no varejo. O diesel mais caro rebaterá no preço do frete e aumentará os custos dos comerciantes atacadistas. José Luiz Torres, presidente da Associação Pernambucana de Atacadistas e Distribuidores (Aspa), diz que a volta do imposto de combustíveis vai aumentar os preços ao consumidor final.
A volta da Cide vai reforçar o caixa dos estados. O setor de combustíveis é um dos mais importantes para a arrecadação do ICMS. A Secretaria da Fazenda de Pernambuco ainda não calculou o impacto da Cide. Em 2014, estado arrecadou R$ 2,64 bilhões de ICMS de combustíveis.
Fonte: DP
Blog do Deputado Federal Gonzaga Patriota (PSB/PE)
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