Pesquisa mostra descuido do recifense com a visão
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
- Category : Clipping
Você consegue ler com perfeição todas as palavras desta matéria? Três em cada quatro recifenses não conseguem ou precisam de algum equipamento auxiliar, como óculos, para isso. A revelação é de uma pesquisa encomendada pela Associação Retina Brasil, com apoio da Bayer, realizada em sete capitais do Brasil, entre elas o Recife. Mesmo com essa quantidade de pessoas com problemas de visão, 17% dos moradores da capital pernambucana ainda esperam o surgimento de algum desconforto para procurar especialistas.
Depois dos 40 anos, toda pessoa começa a apresentar dificuldades de visão e passa a requerer óculos para ler, por exemplo. A maioria dos participantes da pesquisa tinha, entretanto, mais que 32 anos. “Quanto mais velho, maiores as alterações. Virão problemas como diabetes, degeneração macular, catarata, glaucoma e vista cansada”, explicou o especialista em retina e presidente da Sociedade de Oftalmologia de Pernambuco, Alexandre Ventura.Segundo ele, a primeira visita ao oftamologista deve acontecer logo após o nascimento, para o teste do olhinho. A segunda precisa ser feita até os seis a oito anos de idade. Não identificada nenhuma doença, o ideal é voltar ao consultório a cada ano e meio ou dois anos. Há uma tendência de estabilização do grau depois dos 20 anos e de início de novas alterações do grau após os 35. É quando se faz necessário o retorno anual ao oftalmologista.
Mesmo sem apresentar sintomas de qualquer doença, a visita periódica ao médico é fundamental. “O prognóstico vai depender do tempo de diagnóstico. A prevenção é sempre melhor do que tratar a doença já instalada”, ressalta Ventura.
Uma técnica pouco utilizada, mas muito recomendada é o autoexame. Sobretudo pessoas acima de 60 anos podem fechar um dos olhos ao assistir televisão, por exemplo, e verificar se há qualquer alteração de foco, coloração, etc. Pacientes diabéticos devem redobrar atenção, pois a doença fora de controle pode acarretar cegueira.
No Recife, 4% da população nunca foram ao oftalmologista e 7% das pessoas que afirmam ter algum problema ocular não sabem a causa. Enquanto isso, 37% possuem histórico familiar de doenças do gênero, sendo que o glaucoma, catarata e alterações da retina, juntos, representam 47% das enfermidades citadas.
Metade da população recorre ao Sistema Único de Saúde (SUS) para tratamento, mas um terço dela não consegue atendimento. “O acesso para o paciente do SUS é mais difícil, muito pela falta de médicos no serviço público”, conclui Ventura.
Sintomas ignorados
Metade dos recifenses conhece alguém que perdeu a visão na terceira idade e quase a totalidade deles não sabe o porquê. Dentre as enfermidades menos conhecidas, está a Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI), doença degenerativa da área central da retina, com poder de acarretar perda progressiva da visão central (responsável pelo foco e nitidez). Atualmente, ela é considerada a segunda maior causa de cegueira nos países desenvolvidos entre pessoas de 45 a 64 anos.
A degeneração macular pode ser seca ou úmida, sendo a segunda a mais grave. Esse tipo deriva de um sangramento proveniente da camada média do olho que atinge a retina e o centro da visão, área responsável pela visão da leitura, fina e das cores. A pessoa então perde a percepção de cores e não consegue mais ler.
No Recife, 78% das pessoas desconhecem os sintomas de DMRI. Como a advogada Angélica Campos, 62 anos, há dois anos. Ela começou a notar pequenas falhas na visão e, de repente, os objetos ficaram desfocados. Angélica passou a precisar de lupa para ver os processos e, em seguida, teve que parar de dirigir.
“Procurei o médico achando que era um problema simples de grau. Foi uma das experiências mais difíceis da minha vida”, disse ela, diagnosticada com DMRI e em tratamento até hoje. Além do envelhecimento da população, há outros fatores que favorecem a degeneração macular, como pessoas de pele e olhos claros, tabagismo, alimentação rica em gordura e exposição solar em excesso.
Saúde Ocular no Recife
4% nunca foram ao oftalmologista
17% só vão ao médico quando têm algum incomodo
36% da população vão somente uma vez por ano
Acesso
48% utilizam o sistema público de saúde (SUS) para cuidar da visão
15% realizam consultas particulares
34% não conseguem atendimento
Principais problemas
Catarata – É qualquer opacificação do cristalino que atrapalhe a entrada de luz nos olhos. Geram desde pequenas alterações visuais até cegueira
Glaucoma – Uma doença ocular que provoca lesão no nervo óptico e campo visual, podendolevar à cegueira
Degeneração macular relacionada à idade – Afeta a área central da retina e acarreta baixa visão central
Miopia – Condição em que os olhos podem ver objetos que estão perto, mas não são capazes de enxergar claramente os objetos que estão longe
Hipermetropia – Ocorre quando o olho é menor do que o normal, criando uma condição de dificuldade para que o cristalino focalize na retina os objetos colocados próximos ao olho
Astigmatismo – Causado por diferentes curvaturas corneanas ou por irregularidades na córnea, formando a imagem em planos diferentes o que ocasiona a distorção da mesma
Presbiopia – Conhecida como “vista cansada”, manifesta-se normalmente após os 40 anos, criando uma dificuldade para enxergar de perto e de longe
Fonte: DP
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)





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