Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
A funcionária pública Malu Leite Nunes, 35 anos, deixou o carro por meia hora na Avenida Boa Viagem. Foi levar o filho pequeno para tomar uma água de coco na orla. Um mês depois, recebeu uma multa por estacionamento proibido, a irregularidade mais cometida pelo motoristas recifenses atualmente, entre as infrações registradas pela Companhia de Trânsito e Transporte Urbano (CTTU). Neste ano, em menos de três meses, o órgão aplicou 24.176 notificações por esse motivo na capital. Cerca de 300 por dia.
A região central e o bairro de Boa Viagem são os locais onde mais se comete a irregularidade, que no ano passado ficou em segundo lugar, atrás do excesso de velocidade, mas agora aparece disparada na liderança.
De acordo com as informações da CTTU, o registro é feito com denúncias e rondas dos agentes de trânsito. No Centro, campeão de infrações por estacionamento proibido, o órgão fez este ano 166 remoções de veículos. Apesar de Boa Viagem ficar em segundo lugar, lá o número de carros rebocados foi maior neste período: 181.
Como os dois lugares apresentam dados altos da infração, a CTTU montou um esquema especial de fiscalização. As equipes são itinerantes e formadas por agentes de trânsito e batedores (moto). As vias onde o problema é mais recorrente em Boa Viagem são a Carlos Pereira Falcão, Visconde de Jequitinhonha e Conselheiro Aguiar. Já no Centro, o Pátio do Terço, a Gervásio Pires e a Alfredo Lisboa se destacam.
Segundo a presidente da CTTU, Taciana Ferreira, guinchos são colocados em locais estratégicos, mais fáceis de serem acionados. “A pessoa comete essa infração consciente de que está fazendo algo errado. É falta de cidadania, porque prejudica o pedestre.” A multa é de R$ 127 e quatro pontos na carteira.
Presidente do Conselho Estadual de Trânsito, Simírames Queiroz acredita que a raiz do problema é a falta de valorização de outros modais. “Não existe oferta suficiente de vagas para a demanda de veículos e as pessoas não abdicam do carro, alegando a ineficiência do transporte público. Nunca uma cidade vai ter vagas suficientes.” Para ela, uma saída seria a carona solidária. “Ou os condutores poderiam se organizar para chegar mais cedo aos locais e colocar o veículo em vagas regulamentadas.”
Fonte: DP
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