MEC dá nota baixa a 55% das faculdades pernambucanas
Mais da metade das instituições de ensino superior de Pernambuco (55%) avaliadas pelo Ministério da Educação (MEC) teve baixo desempenho no Índice Geral de Cursos (IGC), indicador de qualidade calculado pelo órgão. Das 71 universidades e faculdades do Estado, 39 ficaram com notas 1 e 2, consideradas insatisfatórias. A escala vai até 5. A Faculdade de Formação de Professores de Serra Talhada, no Sertão, está entre as nove instituições do Brasil com nota 1. Em todo o País, 683 faculdades somaram 1 ou 2 pontos e poderão ter corte de vagas, além de precisarem se comprometer a melhorar o desempenho.
A maior concentração de notas baixas no Estado está em faculdades localizadas no interior e que têm maioria dos cursos na área de formação de professores. “Acredito que as nossas próximas notas vão melhorar, pois investimos, desde o ano passado, na contratação de professores com mestrado e doutorado e equipamentos de laboratórios. Também realizamos um trabalho de formação dos alunos para que fizessem o Enade”, observa o diretor-presidente da Faculdade de Serra Talhada, Pedro Melo. A instituição tem cerca de 1.200 alunos matriculados e oferece sete graduações.
O resultado do Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), o antigo Provão, mede o desempenho dos alunos e é um dos componentes do IGC. O índice avalia os cursos de graduação e obedece a um ciclo de três anos. Na soma da nota para chegar ao conceito, são observados também corpo docente, infraestrutura e organização didático-pedagógica. As notas de três a cinco significam conceito satisfatório e as notas um e dois, desempenho insatisfatório.
A diretora-geral da Faculdades Integradas Barros Melo (Aeso), Ivânia Barros, criticou duramente o processo de avaliação do Ministério da Educação. A instituição, localizada em Olinda, recebeu nota 2, embora, segundo a direção, não tenha tido nenhum curso avaliado no ano passado. “É uma incoerência, uma irresponsabilidade por parte do MEC. Eles vieram aqui, avaliaram todos os cursos com ótimas notas, mas o que mais pesa é a nota do Enade, que é feito por alunos sem nenhum compromisso com o resultado da prova”, argumenta. Ivânia Barros Melo diz que a metodologia do IGC é feita para penalizar as instituições. “E para os alunos que apresentam um mau desempenho no Enade não há nenhum tipo de responsabiliza ção. A nota não é sequer divulgada.
UFPE e UFRPE – As Universidades Federal (UFPE) e Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) estão no grupo de 131 instituições brasileiras que alcançaram conceito 4 no Índice Geral de Cursos (IGC). O maior conceito é cinco, obtido, no País, por apenas 25 universidades ou faculdades, nenhuma de Pernambuco. As outras quatro instituições públicas do Estado – Estadual de Pernambuco (UPE), Federal do Vale de São Francisco (Univasf) e os Institutos Federais (IFPE e do Sertão Pernambucano) tiveram conceito três no IGC.
Além do desempenho das instituições, o Ministério da Educação (MEC) divulgou nesta quinta (17) as notas separadas de 4.143 graduações. Cada uma recebeu um Conceito Preliminar de Curso (CPC), que também varia de um a cinco. Somente 58 cursos de graduação no Brasil alcançaram nota cinco, entre eles está o de serviço social da UFPE. Outros 728 tiveram conceito 4. Há ainda 1.608 com nota 3,575 com nota 2 e 19 com nota 1. Existem 1.155 cursos que não tiveram conceito porque faltou um ou mais itens que compõem o CPC.
Fonte: Jornal do Commercio
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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