Feira pesa bem mais no bolso em 2015

1O aumento significativo e repentino no preço das frutas e verduras assustou os consumidores recifenses. O reajuste no valor dos combustíveis e a escassez hídrica são apontados como fatores que fizeram com que alguns itens chegassem a quase dobrar de preço. O quilo do tomate, por exemplo, agora chega a custar R$ 7. Até um mês atrás, era vendido por um valor entre R$ 3 e R$ 3,50.

“O salário não sobe, mas o resto aumenta e muito. No caso das frutas e verduras, foi algo até surpreendente. Como não dá para prejudicar a alimentação, a gente vai tentando contornar cortando em outras coisas, fazendo malabarismos com o orçamento”, comenta a dona de casa Irene de Fátima.

Segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), das 18 cidades nas quais a Pesquisa da Cesta Básica de Alimentos é realizada, 17 tiveram aumento de preço no conjunto de bens alimentícios em abril. Conforme a pesquisa, a majoração do tomate foi uma das que mais contribuíram para a elevação dos índices de variação mensal do gasto por produto no mês de abril de 2015.

No Recife, a taxa de elevação desse fruto foi de 12,07%, mas em algumas cidades, o aumento foi ainda maior. Em Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, o reajuste foi de 45,98%. A explicação apresentada pelo Dieese para justificar tamanha alta do produto é que a crise hídrica do início de 2015 prejudicou a colheita do tomate. Além disso, ainda há a possibilidade de não haver irrigação suficiente das lavouras de inverno, por conta do volume dos reservatórios.

Como agravante, esse aumento no preço das frutas e hortaliças não ocorre de maneira lenta. Só em relação ao mês anterior, a variação em reais das frutas foi de 5,71 e das hortaliças, 8,31%. A banana pacovan foi a fruta que mais se destacou, registrando um acréscimo de 36,17%. Em abril, o preço médio do cento era de R$ 10,09. No mês de março, pulou para R$ 36,17. Contribuíram também para a alta no setor a laranja pera (29,94%) e o limão taity (25,06%), segundo o comparativo de preços no atacado do Centro de Abastecimento e Logística de Pernambuco (Ceasa).

Entre as verduras, os produtos que ficaram mais caros foram o pimentão, o coentro e o tomate, com aumento de 77,6% , 34,8 %, 28,83%, respectivamente. De acordo com o chefe de formação do mercado agrícola do Ceasa, Marcos Barros, no caso das hortaliças, o período da entressafra, que atinge seu ápice no mês de maio, influencia diretamente o valor final do produto. “A tendência de alta das hortaliças deve-se especialmente ao fato de que maio é o clímax da entressafra. Contribuem para esse reajuste fatores como o clima, a falta de água e o aumento dos custos de produção. Aí inclui-se principalmente o aumento no preço dos combustíveis e também dos insumos ”, conclui.

JEITO É CORTAR ITENS DO CARRINHO 

Diante da inflação acelerada das frutas e verduras, que voltou a fazer parte das preocupações dos recifenses, os consumidores criam estratégias para tentar fugir do aumento dos preços. Redução na quantidade dos itens a serem comprados, priorização dos itens mais básicos e ainda a busca por preços mais baixos nos centros de distribuição e pequenos vendedores são algumas das medidas utilizadas para tentar driblar a alta.

“Em uma semana, eu comprava a cebola por R$ 2,60 e depois, ela vai pra mais de R$ 5. Aumentou quase tudo e de maneira exorbitante. Até onde isso vai chegar? Agora eu faço minhas compras com muita cautela e reduzo a quantidade de tudo. É difícil, mas é o jeito, se não, fico sem nada no bolso”, comenta o aposentado Osvaldo Costa.

O consumidor relata, ainda, que é mais um dos que, para fugir do aumento dos preços das frutas e hortaliças praticados nos supermercados, vê as feiras populares como uma opção. “Agora estou preferindo comprar nas feirinhas, porque antes, com o que hoje eu gasto pra comprar quatro, cinco tomates, eu comprava 12”, relata o aposentado.  No entanto, o chefe de formação do mercado agrícola da Ceasa, Marcos Barros, afirma que até mesmo esses pequenos comerciantes estão sendo prejudicados. Isso se deve tanto pelo aumento do preço dos produtos nas centrais de distribuição, quanto pela diminuição nas vendas.

“Os comerciantes estão reclamando que há pouco produto para revender e que, mesmo assim, as vendas estão baixas, porque o poder aquisitivo dos consumidores está sendo prejudicado tanto por esses aumentos, quanto pela situação econômica, que afeta bastante o consumo”, comenta.

De acordo com o Dieese, a partir dos preços praticados em abril deste ano, para comprar 12 kg de tomate, o consumidor recifense que recebe o salário mínimo precisa trabalhar mais de 12 horas.

Fonte: JC

Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)

 

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