Nova parceria deve aumentar em até 15% faturamento do Porto do Recife
O Porto do Recife credenciou, na manhã desta quarta-feira (23), a segunda empresa para operar contêineres no ancoradouro. A Gulftainer Brasil, do grupo Gulftainer Solutions, dos Emirados Árabes, está investindo de R$ 25 milhões em equipamentos e sistemas, e deve começar as operações na segunda quinzena de dezembro deste ano.
Há sete anos sem operar contêineres, o Porto retomou as atividades em setembro deste ano, com a vinda da empresa paulista Rodrimar. “Esse credenciamento é importante para a reativação do Porto do Recife e sua requalificação. Isso significa retomar o crescimento e trazer também recursos para a cidade do Recife, através da arrecadação de impostos”, acredita o diretor-presidente do Porto, Pedro Mendes.
A expectativa é de que a vinda da Gulftainer traga um acréscimo de R$ 3,2 milhões no faturamento anual do Porto, que representa um percentual de crescimento de 15%.
A escolha por Pernambuco para iniciar as atividades da empresa no Brasil, segundo o diretor-geral da Gulftainer Brasil, Joseph Bruno, se deu após uma pesquisa de dois anos, que identificou o estado como um polo de crescimento no país. “Nosso foco hoje é o Porto do Recife, que tem características de expansão que nos fizeram optar por esse porto específico”, justifica Bruno. A Gulfteiner atua em mais seis portos em todo o mundo.
De acordo com Bruno, a empresa espera movimentar de 35 mil a 55 mil TEUS, medida equivalente a um contêiner de seis metros, em seu primeiro ano de atuação – o porto pernambucano de Suape, por exemplo, movimenta 400 mil TEUS por ano. “Esperamos atrair principalmente carga especializada, como transformadores, bobinas de aço e equipamentos para indústria, uma carga que tenha um valor agregado maior”, diz Mendes.
Nesta quarta, chegaram ao Recife dois guindastes fábricados na Alemanha, ambos com capacidade de descarregar 26 conteinêres por hora. Na primeira operação da Rodrimar, em setembro deste ano, a média foi de 11 contêineres por hora, considerada boa para o retorno do porto a esse tipo de operação. “Hoje, logística é competição. Temos agora duas empresas de nível internacional atuando no porto e, quanto mais rápida é essa atuação, melhor reconhecido é o trabalho”, acredita o diretor comercial e de operações do Porto, Sidnei Aires. Além dos guindastes, serão importadas também duas empilhadeiras, para movimentar as cargas no solo.
Açúcar
A principal fonte de renda do Porto do Recife, hoje, ainda são as cargas de açúcar e de grãos como trigo. “O problema dessas cargas a granel é que elas são sazonais. Você tem meses muito fortes, mas outros em que praticamente não se trabalha”, explica Mendes. A exportação de açúcar representa mais de 51% do faturamento anual do porto.
Fonte: G1 PE
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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