Cai número de desempregados no Recife e rendimento ultrapassa o de Salvador
O aquecimento da economia pernambucana no último trimestre refletiu no aumento de oportunidades no mercado de trabalho. A constatação é da Pesquisa de Emprego e Desemprego (PED), realizada pela Agência Condepe/Fidem em parceria com o Dieese (Departamento Intersindical de Estudos Socioeconômicos) e a Fundação Seade. De acordo com a pesquisa divulgada hoje, a taxa de desemprego total na Região Metropolitana do Recife (RMR) passou de 13,9%, em setembro, para 13,5% em outubro. Essa é a menor taxa de desemprego para o mês desde o início da série, em novembro de 1997.
“A tendência num cenário de crescimento econômico é diminuir a precarização nas relações de trabalho, com as pessoas conseguindo empregos melhores. Deve haver uma intensificação desse movimento, com o surgimento de trabalhos de maior qualidade, ou menos precários”, destacou o diretor de Estudos e Pesquisas Sócioeconômicas da Agência Condepe/Fidem, Rodolfo Guimarães.
No conjunto das sete regiões metropolitanas pesquisadas pela PED (Distrito Federal, Belo Horizonte, Fortaleza, Porto Alegre, Recife, Salvador e São Paulo), a taxa de desemprego total passou de 10,6%, em setembro, para 10,1%, em outubro. No Grande Recife, o contingente de desempregados foi estimado em 261 mil pessoas.
De acordo com a Agência Condepe/Fidem, o nível de ocupação na RMR registrou aumento tanto no comportamento mensal (2,7%) como nos 12 meses (4,0%), quando comparado com as demais regiões pesquisadas. São Paulo e Distrito Federal tiveram crescimento de 0,6%, seguido de Fortaleza (0,5%). Belo Horizonte, Porto Alegre e Salvador apresentaram queda no indicador de, respectivamente, 1,4%, 0,7% e 0,4%.
Um dado interessante é que, pela primeira vez, o rendimento real médio dos ocupados no Recife (R$ 1.025) ultrapassou o de Salvador (R$ 1.001), entre os meses de agosto e setembro. Na RMR, o rendimento médio real dos assalariados aumentou 4,1% (R$ 1.138), assim como a massa de rendimentos reais, que cresceu para ocupados e assalariados 3,9% e 5,4%, respectivamente.
Em relação a setembro de 2010, os rendimentos médios reais dos ocupados, assalariados e autônomos cresceram 5,0%, 6,8% e 9,4%, respectivamente. A massa de rendimento dos ocupados aumentou 8,2% e a dos assalariados em 13,0%, em ambos os casos devido à ampliação do nível de ocupação e do rendimento médio real.
Segundo os principais setores de atividade econômica, houve crescimento em outubro na indústria de transformação (4 mil), no comércio (6 mil), nos serviços (32 mil) e na construção civil (2 mil). O agregado Outros Setores – composto pelos Serviços Domésticos e outras atividades não definidas – não variou. Na comparação com outubro de 2010, todos os setores tiveram variação positiva de postos de trabalho.
Fonte: Diario de Pernambuco
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
Nenhum comentário