Ministério Público denuncia ex-tesoureiro do PT, pecuarista José Carlos Bumlai e mais 9 na Lava Jato
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
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O MPF (Ministério Público Federal) denunciou, nesta segunda-feira (14), o pecuarista José Carlos Bumlai, que é amigo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto e mais nove pessoas no âmbito da Operação Lava Jato.
Todos são acusados por crimes como lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta (Lei do Colarinho Branco), corrupção ativa e corrupção passiva.
A denúncia tem como base um empréstimo tomado pelo pecuarista José Carlos Bumlai, tratado pelo MPF como o “operador do Partido dos Trabalhadores”, junto ao Banco Schahin, em 2004, no valor de R$ 12 milhões.
Segundo as investigações, esse empréstimo foi quitado por meio de um contrato da Petrobras com a Schahin Engenharia, de US$ 1,6 bilhão, em 2009.
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Segundo o procurador Deltan Dallagnol, Bumlai obteve um empréstimo com o banco Schahin e parte dessa quantia teria sido destinada ao PT.
— José Carlos Bumlai não era mais que uma pessoa que atuou como operador de um partido político, operador do Partido dos Trabalhadores. […] O valor da corrupção pode ser expresso como R$ 18 milhões nominais, ou R$ 49,6 milhões, mais US$ 1 milhão.
A Procuradoria da República afirma que existem ‘indícios’ de que Bumlai teria usado ‘indevidamente’ o nome do ex-presidente ‘para conseguir vantagens’.
— Ouvido, o investigado [Bumlai] negou possuir intimidade com o ex-presidente para tratar de negócios. Entretanto, nas buscas realizadas foram encontrados documentos que demonstraram a presença de Bumlai acompanhando o ex-presidente em eventos oficiais em Angola.
O MPF pede um ressarcimento mínimo de R$ 53,5 milhões. Ao final, Dallagnol fez um resumo do trabalho feito até agora.
— O significado dessa acusação é de que partidos políticos agiram como se a Petrobras fosse sua propriedade privada. O Brasil não é terra de ninguém, muito menos de corruptos e corruptores. É terra de brasileiros que querem justiça e nós a alcançaremos.
Os outros nove acusados são:
– Salim Taufic Schahin
– Milton Taufic Schain
– Fernando Schahin
– Maurício de Barros Bumlai
– Cristiane Barbosa Bumlai
– Nestor Cerveró (ex-diretor da área internacional da Petrobras)
– Jorge Zelada (ex-diretor da área internacional da Petrobras)
– Eduardo Musa (ex-gerente da Petrobras)
– Fernando Soares, conhecido como Fernando Baiano (lobista)
Bumlai foi preso em novembro na 21ª etapa da Lava Jato. Ele é citado na delação premiada do executivo do Grupo Schahin, Salim Taufic Schahin, como sendo o responsável por um empréstimo de R$ 12,1 milhões, feito em 2003, para “uma necessidade do PT”. O Banco Schahin nunca recebeu um centavo do pecuarista ou do partido.
O Banco Schahin decidiu “esquecer” a dívida desde que o PT conseguisse um contrato de operação de navio-sonda com a Petrobras. Essa negociação teria sido feita por intermédio do então tesoureiro do partido, João Vaccari Neto.
Posteriormente, representantes da Schahin se reuniram com Nestor Cerveró e com Eduardo Musa, na Petrobras, para tratarem do negócio. A estatal firmou com o grupo empresarial um contrato de US$ 1,6 bilhão (cerca de R$ 6,5 milhões) para a operação do navio-sonda Vitória 10.000. Depois disso, Bumlai não devia mais para o grupo.
Para fingir que havia pagado a dívida, o pecuarista simulou uma venda de embriões de gado de elite para fazendas de Schahin. O próprio executivo garante que esse negócio foi forjado.
Na tarde de hoje, Bumlai prestou mais um depoimento à Polícia Federal. Segundo o delegado Maurício Moscardi, o objetivo é confrontar o pecuarista com o que foi apreendido pela Lava Jato.
— Uma parte desses materiais contradiz as afirmações dele. Ele falou que ele e a família nunca teveram nenhuma ligação com o Partido dos Trabalhadores. Mas foi apreendido um documento em que o filho do Bumlai pedia a desfiliação do partido.
Fonte: R7
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)





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