Inflação oficial desacelera em fevereiro e acumula alta de 10,36%
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
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A inflação oficial, media pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), desacelerou em fevereiro na comparação com janeiro. De acordo com dados divulgados pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), nesta quarta-feira (9), o indicador registrou alta de 0,90% no mês passado, 0,37 ponto percentual (p.p.) abaixo da taxa de janeiro (1,27%). Em fevereiro de 2015 o IPCA foi de 1,22%.
No acumulado dos últimos 12 meses, o IPCA também teve recuo. Em fevereiro, o indicador ficou em 10,36%, abaixo dos 10,71% acumulados nos 12 meses imediatamente anteriores. No ano, o índice acumulou 2,18%, inferior aos 2,48% acumulados em igual período de 2015.
Entre os nove grupos de produtos e serviços pesquisados, a mais elevada variação ficou com Educação, que atingiu 5,90%, refletindo os reajustes praticados no início do ano letivo, especialmente nos valores das mensalidades dos cursos regulares, que subiram 7,43%, constituindo-se no item de maior contribuição no mês, com 0,21 p.p..
Exceto Fortaleza, que não apresentou aumento em virtude de diferença na data de reajuste, nas demais regiões as variações dos cursos regulares situaram-se entre os 3,99% da região metropolitana de Recife e os 10,88% do Rio de Janeiro. Nas mensalidades dos cursos diversos (idioma, informática, etc.), a variação foi de 5,53%.
Os grupos Educação (5,90% e 0,27 p.p. de contribuição) e Alimentação e Bebidas (1,06% e contribuição também de 0,27 p.p.) foram responsáveis por 60% do IPCA do mês, ou 0,54 p.p..
Em fevereiro, os preços dos alimentos (1,06%) continuaram subindo, embora com menos força do que em janeiro (2,28%). Os principais produtos em alta, com destaque para a cenoura (23,79%) e farinha de mandioca (11,40%). Entre os produtos com preços em queda, destacam-se o tomate (-12,63%) e a batata-inglesa (-5,70%).
Transporte
As tarifas de ônibus urbanos, com alta de 2,61%, são destaques no grupo Transportes (0,62%) tendo em vista aumentos registrados nas seguintes regiões: Curitiba, Recife, Goiânia, Vitória, São Paulo, Belo Horizonte, Rio de Janeiro e Salvador.
Observa-se que na região metropolitana de Curitiba a tarifa diferenciada dos dias de domingo passou de R$ 1,50 para R$ 2,50, reajustada em 66,67%.
Além disso, houve aumento de 3,83% nas tarifas de trem, reflexo dos reajustes de 12,12% ocorrido no Rio de Janeiro em 02 de fevereiro e de 8,57% em São Paulo no dia 09 de janeiro. Ainda em Transportes, observa-se que os preços do etanol continuaram subindo e foram para 4,22%, enquanto a gasolina ficou em 0,55%. Por outro lado, chegando até -15,83%, a queda nas passagens aéreas foi significativa.
Conta de luz
As contas de energia elétrica (-2,16%) também tiveram queda e levaram o grupo Habitação para -0,15%, sendo a principal contribuição negativa (-0,09 p.p.). Esse comportamento se deve à redução no valor da bandeira tarifária vermelha, que passou de R$ 4,50 para R$ 3,00 por cada 100 kilowatts-hora consumidos, a partir de 1º de fevereiro.
O Sistema das Bandeiras Tarifárias, modelo de cobrança do gasto com usinas térmicas, está em vigor desde o dia 1º de janeiro de 2015, quando o valor da bandeira vermelha foi acrescido às tarifas de energia elétrica.
Já na taxa de água e esgoto, a alta foi a 1,72% reflexo de aumentos registrados nas contas das seguintes regiões: Belém, Porto Alegre, Campo Grande e Brasília.
Na região metropolitana de São Paulo, a variação de 4,75% em água e esgoto é resultado de adaptação dos cálculos à forma de escalonamento da faixa de bonificação concedido às tarifas e à incorporação da tarifa de contingência.
Nos demais grupos, os destaques foram: TV por assinatura e internet (7,86%); TV, som e informática (2,80%); artigos de higiene pessoal (1,90%); conserto e manutenção (1,90%); cigarro (1,89%); eletrodomésticos (1,50%); plano de saúde (1,06%); serviços médicos e dentários (0,76%); cabeleireiro (0,70%).
O cigarro (1,89%) refletiu reajustes ocorridos em determinadas marcas e regiões, além de redução nos preços.
Regiões
Quanto aos índices regionais, o maior foi o da região metropolitana de Salvador (1,41%), destacando-se a alta de 2,55% nos preços dos alimentos. O menor foi o da região metropolitana de Vitória (0,28%), onde os alimentos ficaram em 0,36%, bem abaixo da média nacional (1,06%). A seguir, tabela com os resultados regionais.
Para cálculo do índice do mês foram comparados os preços coletados no período de 29 de janeiro a 29 de fevereiro de 2016 (referência) com os preços vigentes no período de 30 de dezembro de 2015 a 28 de janeiro de 2016 (base).
O IPCA é calculado pelo IBGE desde 1980, se refere às famílias com rendimento monetário de 01 a 40 salários mínimos, qualquer que seja a fonte, e abrange dez regiões metropolitanas do País, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande e de Brasília.
Fonte: R7
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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