Dilma será afastada dia 11
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
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Foi encerrado, ontem, o prazo para que os blocos partidários indiquem seus representantes para a comissão especial destinada a analisar o impeachment da presidente Dilma Rousseff no Senado. Dos 21 integrantes da comissão, 17 já foram escolhidos, mas, formalmente, o bloco composto por PT e PDT, com direito a quatro senadores, só apresentaram seus representantes no apagar das luzes.
A comissão especial deverá ser instalada na próxima segunda-feira, com a eleição do presidente e do relator do colegiado. No mesmo dia, as indicações de nomes para ocupar a comissão serão votadas pelos senadores no plenário. Além dos 21 membros titulares, serão eleitos outros 21 suplentes para a comissão. Os partidos foram divididos em cinco blocos, que tiveram direito a número de vagas proporcional ao tamanho das bancadas das legendas que formam o bloco.
Na última quarta-feira entregaram a lista de nomes indicados os blocos do PMDB (5 vagas), Democracia Progressista (PP e PSD – 3 vagas), Bloco Socialismo e Democracia (PSB, PPS, PCdoB e Rede – 3 vagas). Na terça-feira já haviam sido oficializadas as indicações dos blocos da Oposição (PSDB, DEM e PV – 4 vagas) e Moderador (PTB, PR, PSC, PRB e PTC – 2 vagas). Também na quarta, o líder do PMDB na Casa, senador Eunício Oliveira (CE), indicou o senador Raimundo Lira (PMDB-PB) para a presidência da comissão.
Como possui a maior bancada do Senado (18 senadores), o partido tem o direito de escolher entre a presidência ou relatoria da comissão. O líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB), afirmou que o partido vai indicar o senador Antônio Anastasia (PSDB-MG) para a relatoria do colegiado. Se o nome de Anastasia for confirmado na eleição dos membros da comissão, caberá ao tucano elaborar parecer pelo afastamento ou não da presidente.
Pelo andar da carruagem, se todos os prazos forem cumpridos, o parecer da comissão especial pela admissibilidade do impeachment será aprovado no plenário do Senado no dia 11 de maio. A presidenta Dilma Rousseff será notificada e afastada do cargo por um prazo máximo de 180 dias, para que os senadores concluam o processo. O vice-presidente da República, Michel Temer, assume o posto. Mesmo afastada, Dilma manterá direitos como salário, residência no Palácio da Alvorada e segurança. Nesse período, ela fica impedida apenas de exercer suas funções de chefe de Estado.
SÓ FALTAM DOIS– O PMDB já entregou cinco ministérios. Até a decisão sobre o desembarque do governo, o PMDB comandava sete dos 32 ministérios e, atualmente, dois peemedebistas ainda permanecem à frente das pastas: Marcelo Castro (Saúde) e Kátia Abreu (Agricultura). No Diário Oficial de ontem foram publicadas as demissões dos ministros de Minas e Energia, Eduardo Braga, e da Secretaria de Portos, Helder Barbalho, que entregaram suas cartas de demissão na última quarta-feira. Já no caso de Gilberto Kassab, o ex-ministro das Cidades, já entregou sua carta de demissão após a bancada do PSD na Câmara decidir votar a favor do impeachment de Dilma.
O carrasco de Cunha– Uma das principais lideranças do histórico PMDB, o deputado Jarbas Vasconcelos, peça importante na aprovação do impeachment da presidente Dilma pelo plenário da Câmara dos Deputados, ocupou, ontem, uma página inteira do jornal O Valor para reafirmar que o País só será passado a limpo, efetivamente, com o afastamento, também, do presidente da Casa, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). “É uma exigência da sociedade, uma obrigação da Câmara extirpá-lo daquela cadeira”, afirmou.
Risco de paralisia– Michel Temer pode assumir com um projeto modernizador, trazer para seu governo um ministério de notáveis. Pode conquistar uma base enorme de sustentação no Congresso e apresentar um plano de reformas estruturais espetacular para fazer a economia deslanchar. Mas nada disso andará enquanto o processo contra Dilma não acabar. Haverá até 180 dias de angústia. O Congresso estará paralisado, e as alianças flutuarão ao sabor do andamento do impeachment contra Dilma.
No fundo do poço– A economia brasileira segue perdendo força conforme apontam as contas feitas e divulgadas ontem pelo Banco Central. O Índice de Atividade Econômica da autoridade monetária (IBC-Br) mostra contração de 0,29% em fevereiro, após baixa de 0,68% em janeiro (dado revisado de queda de 0,61%), feitos os ajustes sazonais. Nos 12 meses encerrados em fevereiro, o IBC-Br aponta retração de 4,63%, na série sem ajuste. Devido às revisões constantes do indicador, o IBC-Br medido em 12 meses é mais estável do que a medição mensal, assim como o próprio Produto Interno Bruto (PIB).
Cotado para ministro– Independente da cota que couber ao DEM na gestão de coalização do Governo Temer, o líder da oposição na Câmara, Mendonça Filho, tem cotação em alta para ocupar um gabinete na Esplanada dos Ministérios. Jarbas Vasconcelos, também. Só que se Eduardo Cunha for deletado, Jarbas tem amplas chances de ser eleito presidente da Câmara dos Deputados. É o nome preferido de Temer para resgatar a imagem do Legislativo brasileiro.
CURTAS
NOS BAIRROS– Da prefeita de Arcoverde, Madalena Brito (PSB), ao falar sobre o resultado do programa Prefeitura dos bairros, encerrado no bairro Boa Esperança: “Trata-se de uma excelente ferramenta de participação popular. Além de oferecer serviços institucionais, abre o espaço para o Governo Municipal identificar as principais demandas dos moradores”.
SEMINÁRIO– O consultor, professor e autor do livro “Muito Além da Hierarquia”, Pedro Mandelli vem a Petrolina no próximo dia 18 para participar do Seminário de Gestão e Liderança de Alta Performance, promovido pela Regional Sertão do São Francisco. O evento, que tem início às 18h no auditório do Senai, vai abordar temas, a exemplo do papel do líder de pessoas, crenças, metas e autoconhecimento.
Perguntar não ofende: Quando Aécio Neves romperá o silêncio em relação ao PSDB ter candidato ou não no Recife?
Fonte: Magno Martins
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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