Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
Mesmo com chuva histórica, abastecimento não mudará na RMR
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
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O Grande Recife registrou entre os dias 8 e 10 deste mês a pior chuva dos últimos 30 anos. A grande quantidade de água que caiu, no entanto, não representará benefícios diretos para o cidadão. Em pelo menos 37% da Região Metropolitana, residências chegam a ficar três dias sem água na torneira e isso não deverá mudar a curto prazo. Obras complementares, como a instalação de tubulações da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), não têm previsão de ser realizadas. Enquanto isso, o que fica do temporal é apenas o rastro de destruição.
Após as chuvas, as barragens, que já estavam cheias, esbanjam alto volume de água, no Grande Recife. Por exemplo, a barragem Bita, no Cabo de Santo Agostinho, opera em 97,3% da sua capacidade. Pirapama e Sucupema, ambas também no Cabo, sangram com 103,4% e 100,3%, respectivamente, além dos seus limites. Ao todo, são seis barragens que atenderiam toda população, se essas obras da companhia estivessem em dia.
Procurada, a Compesa não informou quantas localidades sofrem com o calendário de abastecimento. Informou, contudo, que 63% das localidades da Região Metropolitana do Recife não têm racionamento. “Mesmo com as barragens cheias, muitas áreas não tem calendário alterado porque dependem de obras complementares para que isso aconteça”, disse em nota.
Questionada, adiantou que os diretores preferem não falar por hora . “Estão estudando os dados das barragens para poder fazer o posicionamento”.
Em contrapartida, outras regiões do estado vivem uma situação diametralmente oposta quando o assunto é chuva e abastecimento de água. Das 49 barragens pernambucanas, 28 estão em colapso. Das que estão situação crítica, todas estão localizadas no Agreste ou Sertão pernambucano. Ao todo, são 170 municípios que convivem com a incerteza de que alguma água sairá das torneiras. Uma realidade que não mudará para melhor nem tão cedo, segundo o meteorologista da Agência de Águas e Clima Fabiano Prestrelo.
“Para que os níveis desses reservatórios voltem a subir precisamos de um período chuvoso igual ou superior ao da seca. Nesse ano, não tivemos por causa do fenômeno El Niño. O que estava ruim piorou. Precisamos de um sistema oposto desse, o La Niña, mas não há previsão desse fenômeno também para o próximo ano”, explicou.
Bacias hidrográficas como a do Rio Brígida estão com todas as oito barragens em colapso. Já a bacia hidrográfica do Rio Terra Nova está com três das quatro barragens zeradas. Desde o dia 10 de abril, Belo Jardim, Sanharó, Tacaimbó e São Bento do Una, todos no Agreste, estão sendo abastecidos exclusivamente por carros-pipa. A medida emergencial se dá pelo colapso das barragens de Bitury e Pedro Moura Júnio.
De acordo com a Compesa, o gasto mensal para o fornecimento nestas quatro cidades será de R$ 500 mil para custear 70 carros-pipa – 50 para Belo Jardim e 20 para os demais municípios. os recursos são da companhia e do governo federal, por meio da Coordenadoria de Defesa Civil de Pernambuco (Codecipe).
Fonte: G1
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