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Detento morre após briga com outro preso em penitenciária de Itamaracá
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
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Um preso morreu após uma briga com outro detento, na Penitenciária Professor Barreto Campelo, em Itamaracá, na Região Metropolitana do Recife, na madrugada deste domingo (10), de acordo a Secretaria Executiva de Ressocialização (Seres). O homem, de 27 anos, chegou a ser socorrido para o Hospital Miguel Arraes, em Paulista, mas não resistiu aos ferimentos.
O corpo do detento foi encaminhado para o Instituto de Medicina Legal (IML), no bairro de Santo Amaro, no Recife, na manhã deste domingo (10). A Seres informou que a briga foi um fato isolado e não tem relação com o movimento, desencadeado desde a sexta-feira (8) pelos presos da unidade, que pede maior agilidade no andamento dos processos judiciais. No sábado (9), de acordo com a Seres, os presos recusaram a comida como forma de protesto.
A Seres informou ainda que fez, na sexta, um levantamento preliminar e não constatou atraso nos processos, mas que faria um estudo aprofundado devido às reivindicações dos detentos. A direção da unidade comunicou o fato às polícias Civil e Militar e Instituto de Criminalística para que sejam tomadas as providências cabíveis.
Reincidência
Outro preso morreu após confusão na mesma penitenciária no dia 20 de junho. Segundo a PM, houve tiroteio na unidade prisional durante o tumulto, porém a morte do preso foi ocasionada por espancamento a pedradas. No dia 1º de junho, um tumulto no Complexo do Curado, no Recife, deixou dois presos mortos e três feridos.
Em 1º de abril, Thiago Alves de Melo, de 30 anos, que estava preso na Penitenciária Barreto Campelo, foi assassinado por outro interno do local por meio de disparos de arma de fogo, segundo a Seres. Além de apreender o revólver, de calibre 38, a secretaria informou que identificou Adenílson Bezerra da Silva como sendo o detento responsável por alvejar o detento.
Um tumulto ocorrido na Penitenciária Barreto Campelo no dia 12 de abril deixou três presos feridos. Os detentos tiveram ferimentos leves e foram atendidos na enfermaria da unidade prisional, de acordo com a Seres. Na ocasião, a secretaria informou ainda que a direção da unidade abriu um Conselho Disciplinar para apurar os fatos, identificar e punir os responsáveis pela confusão.
Crise
No dia 23 de janeiro deste ano, o Presídio Frei Damião de Bozzano registrou uma fuga em massa de 40 presos após a explosão do muro com dinamite. Três dias antes, o Presídio Professor Barreto Campelo registrou outra fuga em massa. Na ocasião, 53 detentos escaparam.
Já no dia 8 de março, dois detentos foram baleados no Presídio Agente Penitenciário Marcelo Francisco de Araújo, que integra o Complexo Prisional do Curado. Wagner Cruz de Brito e Joab Marques de Pontes foram atingidos por tiros efetuados por policiais da Guarda Externa da unidade. No momento do tumulto, estava faltando energia no local por causa de uma pane.
Investigação internacional
No dia 8 de junho, uma visita da comitiva da Organização dos Estados Americanos (OEA) constatou a permanência da superlotação do Complexo do Curado, que conta com uma favela dentro dos pátios com setores conhecidos como “Minha cela, minha vida” ─ nome inspirado no programa federal Minha Casa, Minha Vida.
Representantes de organizações que denunciaram a situação do presídio apontaram ainda a permanência de violações dos direitos humanos, apontadas anteriormente. A inspeção foi feita por juízes da Corte Interamericana de Direitos Humanos da OEA e representantes das organizações, acompanhados de equipes dos governos estadual e federal. Os juízes da Corte Interamericana de Direitos Humanos deixaram o local sem falar com a imprensa.
Desde 2011, um grupo liderado pela Pastoral Carcerária do Estado vem denunciando uma série de irregularidades na unidade, que envolvem danos à integridade física dos presos, problemas de saúde por falta de cuidados médicos e falta de segurança para os agentes, entre outras.
No dia 24 de maio, uma reunião foi promovida na Procuradoria da República (PRPE) com a participação de autoridades do governo e do grupo que fez as denúncias à OEA. Os dois lados apresentaram relatórios sobre a atual situação na unidade, após a determinação da organização para que o Estado Brasileiro adotasse medidas para melhorar as precárias condições estruturais e de segurança no complexo.
Fonte: G1
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