Linhas móveis recuam a nível de 2012; setor atribui queda a crise e aplicativos
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
- Category : Clipping
Dados da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) mostram que o Brasil registrou em julho deste ano 252,5 milhões de linhas de telefonia móvel, patamar semelhante ao de abril de 2012, quando havia 252,7 milhões de linhas. Em fevereiro deste ano, o total de linhas móveis alcançava 258 milhões, número que caiu progressivamente mês a mês desde então.
Representantes do setor ouvidos pelo G1 atribuem a queda no nível, registrada ao longo do último ano, à crise econômica que o país enfrenta e aos aplicativos de mensagem instantânea, o que fazem os usuários comprar menos chips. Na prática, avaliam, pessoas que antes tinham dois ou três chips passaram a ter somente um.As linhas móveis incluem chips de celular, placas de internet. máquinas de cartão e acessos máquina-máquina (M2M), usados, por exemplo, em rastreamento de automóveis.
“As pessoas não têm mais chips de várias operadoras, se ele [usuário] usa só o pacote de dados, não precisa de vários chips”, explicou.
Eduardo Levy destaca ainda que a redução da tarifa de interconexão, aprovada pela Anatel, também pesou na decisão dos consumidores de terem mais de um chip. A tarifa é paga quando um cliente faz ligação para o número de outra operadora.
O presidente do SindiTelebrasil disse ainda que, mesmo que o cliente não saiba sobre a tarifa de interconexão, passou a perceber que não é “tão mais caro” ligar de uma empresa para outra, o que influencia na hora de cancelar a conta em uma das operadoras contratadas.
Na mesma linha, o diretor de marketing da Claro, Rodrigo Vidigal, avalia que a principal razão para a queda é o avanço de aplicativos.
“Com a internet, o cliente percebe que não precisa de dois chips. Essa é a principal mudança, mas é claro que a questão econômica potencializou o problema”.
Linhas pós-pagas x linhas pré-pagas
Ao G1, o presidente do consultoria de telecomunicações Teleco, Eduardo Tude, avaliou que, mesmo diante de um cenário de redução das linhas de telefonia móvel, o número das linhas pós-pagas deve crescer ao longo dos próximos mseses.
“A crise econômica reduziu o ritmo de aumento das linhas pós-pagas, mas quem perde linhas é o mercado pré-pago, impulsionado pela mudança de hábito do consumidor”, acrescentou.
Em janeiro deste ano, eram 73,4 milhões de linhas de telefonia móvel pós-paga no país e, em julho, esse número subiu para 75,1 milhões. As linhas pré-pagas, por outro lado, caíram de 183,7 milhões para 177,4 milhões no mesmo período.
A fim de evitar perdas maiores seus faturamentos, empresas de telefonia móvel têm trabalhado para migrar clientes pré-pagos para planos pós-pagos, que, em geral, costumam ter contas mais caras e mantêm por mais tempo os contratos com as operadoras.
A Vivo por exemplo, responsável pelas linhas de 42,3% dos usuários do segmento pós-pago, diz que a queda no número de linhas pré-pagas “se deve à migração bem sucedida de clientes da base pré-paga para os planos pós-pagos”.
Na TIM, por sua vez, a migração de clientes para linhas pós-pagas fez com que a empresa de telefonia elevasse em 27% a receita média por usuário com serviços de valor agregado no segundo trimestre de 2016.
TV por assinatura
O movimento de queda nos serviços de telecomunicações não ocorre só na telefonia móvel.
Dados divulgados nesta sexta-feira (7) pela Anatel mostram que, depois de uma leve alta em julho, o número de clientes de TV por assinatura voltou a cair em agosto. Segundo a agência reguladora, em agosto, as empresas de TV paga perderam 20,7 mil usuários.
Fonte: G1
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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