Brasil lidera exportação de jogadores, mas brilho apagou
Dos 7.627 jogadores de futebol que atuam fora dos seus países de origem, o Brasil é responsável pela maioria de craques de exportação. São 1.063 atletas, cerca de 13,9% do total mundial, divididos em 108 ligas. Portugal é o país que mais recebe brasileiros com cerca de 22º do total,São 231 atuando na 1ª e 2ª divisão; seguido por Itália (9%) e Japão (6%). Além disso se encontram muitos jogadores brasileiros no futebol asiático como Japão e China e agora uma caravana está invadindo a Rússia.
Mesmo com todos esses números favoráveis, os jogadores brasileiros no exterior vêm se destacando mais pela quantidade do que pela qualidade. Já faz algum tempo que nenhum jogador brasileiro disputa os prêmios de melhor do mundo e a situação só não se torna mais vexatória porque Marta já ganhou por cinco vezes seguidas o troféu dedicado à melhor jogadora feminina do planeta.
Ao contrário do que sempre ocorreu, os brasileiros deixaram de ser protagonistas nos principais clubes europeus. No futebol espanhol, o mais rico do planeta, os craques brasileiros construíram uma verdadeira dinastia. No Barcelona, por exemplo, Romário, Ronaldo, Ronaldinho Gaúcho e Rivaldo fizeram história, conquistando títulos e troféus.
Hoje, o Barcelona pratica o melhor futebol do mundo, mas os brasileiros que jogam na equipe são coadjuvantes dos astros como o argentino Messi e os espanhóis Xavi e Iniesta. O lateral Daniel Alves é titular absoluto mas está longe de ser apontado como o destaque da equipe o mesmo acontecendo com Adriano e Maxwell que são apenas reservas.
No Real Madrid,o meia Kaká, que foi escolhido como o melhor em 2007, hoje sofre para conquistar uma vaga de titular na equipe comandada por José Mourinho. Lá quem brilha é o português Cristiano Ronaldo, coadjuvado pelo argentino Di Maria e pelo francês Benzema.
Além da falta de brilho técnico, os brasileiros protagonizam com frequencia casos de indisciplina que só desvalorizam o produto nacional.
O brasileiro está criando em torno dele um círculo de desconfiança. Muitos não conseguem cumprir contratos como os atacantes Adriano e Robinho ou se metem em confusões extra-campo como o zagueiro Breno que foi acusado pelas autoridades alemãs de incendiar a própria casa.
Outros não conseguem cumprir contratos por inadaptação como Thiago Neves que fracassou na Alemanha e na Arábia Saudita. Cada atitude desse tipo contribui na desvalorização do jogador brasileiro.
Muitos jogadores que eram estrelas nas suas equipes deixaram de ter utilidade como Ronaldinho Gaúcho, no Milan, e Luís Fabiano, no Sevilla, e foram dispensados. Voltaram ao futebol brasileiro e são tratados como as estrelas de primeira grandeza que deixaram de ser no futebol mundial.
Fonte: Jornal do Commercio
Blog do Deputado Federal Gonzaga Patriota (PSB/PE)
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