Governo do Irã anuncia teste de primeira barra de combustível nuclear
O governo do Irã anunciou neste domingo (1º) que seus cientistas testaram a primeira barra de combustível nuclear, produzida com urânio de depósitos do interior do país.
“Depois de muitos testes físicos, a barra foi introduzida no reator de pesquisas nucleares de Teerã para investigar seu bom funcionamento”, afirma o site da Organização Iraniana de Energia Atômica.
Em 15 de dezembro, o chanceler iraniano Ali Akbar Salehi afirmou que o país recorreria pela primeira vez ao urânio enriquecido a 20% produzido localmente em sua usina nuclear de Teerã.
O Irã justificou o início da produção de urânio enriquecido a 20% em fevereiro de 2010 com o argumento de que precisava alimentar o reator nuclear de pesquisa na capital, que até então funcionava com reservas de combustível que o país havia comprado da Argentina em 1993.
O enriquecimento de urânio pelo Irã é objeto de um conflito com a comunidade internacional, que suspeita que Teerã, apesar dos muitos desmentidos, deseja produzir armamento nuclear.
Enriquecido a 20%, o urânio está destinado a um uso puramente civil, mas se for enriquecido acima de 90% pode ser utilizado para a fabricação de uma bomba atômica.
A OIEA não informou o nível de enriquecimento do urânio introduzido nas barras da central.
Míssil
Mais cedo, as Forças Armadas do Irã anunciaram que testaram um míssil de alcance médio terra-ar durante importantes manobras navais que o país executa no estratégico Estreito de Ormuz, anunciou um porta-voz militar, citado pela agência oficial de notícias Irna.
“Este míssil de alcance médio terra-ar está equipado com a mais moderna tecnologia de combate contra alvos com capacidade para evitar radares e sistemas inteligentes que tentam interferir na navegação dos mísseis”, declarou o comodoro Mahmud Mussavi.
Este foi o primeiro teste com este tipo de míssil, projetado e fabricado no Irã, segundo o militar.
Mussavi não informou se o míssil foi disparado a partir de um navio ou da terra.
As manobras navais, iniciadas em 24 de dezembro, acontecem ao redor do Estreito de Ormuz.
O Irã ameaçou fechar esta via estratégica para o abastecimento de petróleo, por donde transita entre um terço e 40% do tráfego marítimo petroleiro mundial, em caso de novas sanções contra as exportações de combustível do país.
Já União Europeia espera chegar a uma decisão sobre o aumento de sanções até final de janeiro, disse um porta-voz.
“Esperamos uma decisão (sobre sanções da UE) para estarmos prontos, no máximo até a próxima reunião do conselho de assuntos estrangeiros, no dia 30 de janeiro,” disse o porta-voz de assuntos estrangeiros da UE, Michael Mann, em um e-mail para a Reuters.
A perspectiva de um aumento das sanções levou Teerã a ameaçar de fechar o Estreito de Ormuz, por onde cerca de 40% do petróleo do mundo passa, se as sanções fossem impostas às suas exportações de petróleo.
por sua vez, a Quinta Frota americana disse que não permitirá que a navegação seja interrompida no Estreito.
Fonte: G1
Blog do Deputado Federal Gonzaga Patriota (PSB/PE)
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