A entrada em bolsa do Facebook, o evento financeiro mais esperado de 2012
Quase ninguém duvida que a entrada da rede social Facebook na bolsa de valores em 2012 é um dos eventos financeiros mais esperados do ano e provavelmente um dos de maiores proporções.
Para o analista da Forrester Research, Josh Bernoff, “será sem dúvida o evento financeiro mais importante no campo da alta tecnologia [high tech]”.
Segundo especialistas de mercado, a empresa deverá obter uma das maiores captações em bolsa de todos os tempos, devendo ficar em sexto lugar nos EUA (atrás de nomes como Visa e General Motors) e em décimo quinto no mundo, de acordo com a Renaissance Capital Research Society, empresa especializada em aberturas de capital.
Para Nick Einhorn, analista da Renaissance Capital, é difícil avaliar o valor da sociedade da Califórnia, assim como foi difícil avaliar o valor do LinkedIn, que foi subestimado pelos bancos.
Já outros grupos como o site de descontos Groupon e a desenvolvedora de jogos Zynga caíram em relação a seu preço de estreia, que havia sido artificialmente inflado.
– O Facebook, no entanto, é uma empresa em constante evolução e bem estabelecido, o que deve ser reconhecido pelos investidores.
Número da empresa
O serviço, liderado por seu fundador, Mark Zuckerberg, de 27 anos, é disparado a maior rede social da internet e seu site já conta com mais de 800 milhões de usuários no mundo.
A empresa é avaliada atualmente em cerca de US$10 bilhões, algo próximo do valor da rede de fast food McDonalds e muito além de empresas como a Boeing ou a Alcoa, mas ainda distante de empresas como Apple (US$ 376 bilhões) e Google (US$ 209 bilhões ).
A relação entre volume de negócios e capitalização deve ser bastante elevada, uma vez que as receitas anuais do Facebook estão estimadas em cerca de US$ 5 bilhões (contra US$ 36 bilhões do Google e US$ 108 bilhões da Apple).
Segundo Zuckerberg, a entrada em bolsa era inevitável para a empresa devido à pulverização de seu capital.
– Nós fizemos essa promessa implícita para os nossos investidores e empregados para pagá-los com títulos.
Mais poder
Para Bernoff, a entrada em bolsa da empresa não possui a finalidade essencial de arrecadar fundos, mas sim para reforçar a “respeitabilidade do grupo, e compará-la a outras grandes do setor”.
– O Facebook quer ser levado a sério como uma empresa onde as comunicações financeiras são auditadas. Faz sentido, porque muitas outras empresas com as quais eles trabalham são empresas de capital aberto.
Segundo Bernoff, o preço do Facebook não deve revolucionar a cultura da empresa, que espera um forte crescimento no próximo ano com “milhares” de novos contratados.
– Acho que em quatro anos, Mark Zuckerberg ainda será o CEO (…) é uma posição muito similar a de Bill Gates na Microsoft.
Fonte: AFP
Blog do Deputado Federal Gonzaga Patriota (PSB/PE)
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