Ex-diretor do FBI diz que Rússia tentou interferir na campanha presidencial
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
- Category : Clipping
James Comey, ex-diretor da polícia federal dos Estados Unidos (FBI), afirmou no Senado, nesta quinta-feira (8), não ter dúvidas de que a Rússia tentou interferir na campanha eleitoral que levou Donald Trump à presidência do país. Ele negou, porém, que o presidente tenha tentado interromper a investigação.
“Nenhuma [dúvida]”, respondeu ao Comitê de Inteligência ao ser questionado sobre a interferência russa na disputa entre o republicano Trump e a democrata Hillary Clinton em 2016.
Para Comey, a Rússia exerceu ingerência nas eleições mediante a invasão dos sistemas de computadores do comitê nacional do Partido Democrata. No entanto, as informações que possuía não lhe permitem afirmar que o resultado da eleição foi manipulado.
Comey foi demitido repentinamente em maio, e as circunstâncias da sua saída não ficaram claras. Na época, o presidente alegou que o FBI estava em uma situação caótica.
Dias após seu afastamento, o “New York Times” divulgou um memorando em que Comey relatava o pedido de Trump para que ele encerrasse a investigação sobre um conselheiro de segurança nacional, Michael Flynn, que era suspeito de estar em contato com a Rússia durante a campanha presidencial.
No início da sessão desta quarta, o presidente da Comissão, o senador Richard Burr, perguntou diretamente: “em algum momento o presidente lhe pediu para interromper a investigação sobre a ingerência russa nas eleições em 2016?”. Comey disse apenas “não”.
Comey disse ter interpretado a conversa com Trump sobre a investigação envolvendo Flynn como uma “instrução”. Segundo ele, a preocupação no FBI era a de não contaminar a equipe de investigação. “Não queríamos que os agentes soubessem o que o presidente havia pedido. Quando parte do presidente, tomo isso como uma instrução”, disse, de acordo com a France Presse.
Porém, ele ressaltou que não lhe cabe definir se este fato constituía uma tentativa de atrapalhar o trabalho da Justiça. “Não acho que deva dizer se as conversas que tive com o presidente foram obstrução à Justiça. Foi uma coisa muito perturbadora, desconcertante”, afirmou.
Nenhum comentário