Rombo na Petros custa R$ 14 bilhões aos empregados
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
- Category : Clipping
“Passei meses discutindo esse absurdo com meus colegas. Foi somatizando dentro da cabeça e acabou colaborando para o AVC. Não vou dizer que foi só isso, mas ajudou —e muito”, diz ele, que trabalhou na estatal por 26 anos até se aposentar, em 2012. Dois dias depois, a fundação Petros, que administra os fundos de pensão da Petrobras, anunciou o plano para cobrir o rombo de seu plano mais antigo, conhecido como PPSP: pelos próximos 18 anos, empregados e pensionistas contribuirão com R$ 14 bilhões e a empresa entrará com R$ 13,7 bilhões.
Brandão é um dos 76.989 participantes que terão que ajudar. Ele diz que sua contribuição mensal subirá dos atuais R$ 965 para cerca de R$ 3.900, o equivalente a 34% de sua aposentadoria.
Como uma grande parcela dos afetados, culpa o uso político da Petrobras e da própria fundação. “Se fosse para cobrir rombo gerado por perdas no mercado, até entenderia. Mas por desvio de dinheiro?”, questiona.
Além da aplicação em investimentos que deram prejuízo, o plano sofreu com decisões questionadas da Petrobras durante a gestão José Sergio Gabrielli, quando os sindicalistas Diego Hernandez, Wilson Santarosa e Armando Tripodi exerciam poder sobre a área de Recursos Humanos e a Petros.
Uma delas é o chamado “acordo de níveis”, com o qual a empresa passou a dar promoções a empregados da ativa nos processos de acordo coletivo, com o objetivo de garantir reajustes maiores.
Os aposentados recorreram à Justiça, alegando que foram prejudicados, e receberam o mesmo direito, o que representou um custo adicional de R$ 2,2 bilhões no pagamento das pensões.
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