Em nova operação de desdobramento da Lava-Jato na manhã desta quinta-feira (23), a Polícia Federal prende ex-secretário da Casa Civil Régis Fichtner e o empresário Georges Sadala Rihan no Rio de Janeiro. Ambos são acusados de fazerem parte de esquema guiado pelo ex-governador Sérgio Cabral. Suspeita-se ainda que Fichtner tenha recebido ao menos R$ 1,6 milhão em propina.
A ação também trata como alvos os engenherios Maciste GRanha de Mello Filho e Henrique Alberto Santos Ribeiro. Ambos são acusados de favorecimento no esquema de propina. Também está sendo investigado o empreiteiro Fernando Cavendish, antigo dono da Delta Engenharia e o empresário Alexandre Accioly, que foi intimado a depor. No período de gestão de Cabral, a Delta transformou-se em uma das principais construtoras do Rio e do Brasil.
A nova etapa, coordenada pelo Ministério Público Federal (MPF) e autorizada pela 7ª Vara Federal Criminal, investiga fraude nos precatórios da gestão do ex-governador Sérgio Cabral. O peemedebista está preso desde novembro do ano passado. A ação da PF desta quinta é parte da Operação Calicute, que prendeu o ex-governador do Rio, Anthony Garotinho.
Batizada de C’est fini, que em francês significa “é o fim”, a operação é uma referência ao fim do que ficou conhecido como “Farra dos Guardanapos”, revelada em fotos divulgadas pelo ex-governador Anthony Garotinho, em 2012, de então secretários de Cabral e empresários num jantar em Paris, onde eles usavam guardanapos na cabeça.
Sadala é um dos empresários que apareceu nas fotos. Ele era um dos sócios do grupo que administrava o serviço Rio Poupa Tempo e representante de um banco que fazia empréstimos consignados para servidores públicos. Foi preso em casa em um prédio luxuoso da Avenida Vieira Souto, em Ipanema.
Já Fichtner é tido como um fiel parceiro de Cabral desde que o ex-governador foi presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. Ele foi preso na Barra da Tijuca, por volta das 6 h da manhã.
As informações são do DP.
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