Reviravoltas embaralham disputa republicana
Favorito até agora, o ex-governador de Massachusetts Mitt Romney chega em meio a incertezas à terceira etapa da disputa para definir o candidato do Partido Republicano à Presidência dos Estados Unidos, que será realizada neste sábado, na Carolina do Sul.
Embora mantenha a liderança nas sondagens nacionais, Romney foi ultrapassado por Newt Gingrich nas pesquisas específicas de intenção de voto para a primária da Carolina do Sul.
A mudança na sorte do ex-governador de Massachusetts começou na quinta-feira, quando dois novos fatos voltaram a embaralhar a corrida republicana.
O primeiro foi a notícia de que, ao contrário do que havia sido divulgado inicialmente, Romney não foi o vencedor da prévia de Iowa, que abriu o calendário eleitoral, em 3 de janeiro.
Após uma recontagem, o Partido Republicano de Iowa anunciou que, na verdade, Rick Santorum teve 34 votos a mais do que Romney (anteriormente, acreditava-se que Romney havia vencido com oito votos de vantagem).
Como votos de oito locais de votação não puderam ser recontados, o partido decidiu não declarar um vencedor oficial.
Mesmo com a mudança, o percentual de votos obtidos pelos dois candidatos permanece quase idêntico, mas o fato de Romney ter perdido pode ilustrar a resistência enfrentada por sua candidatura em Estados mais conservadores, caso de Iowa e também da Carolina do Sul.
Voto conservador
No mesmo dia, outra notícia abalou ainda mais a campanha de Romney na Carolina do Sul.
O governador do Texas, Rick Perry, abandonou a corrida eleitoral e declarou apoio a Gingrich.
Até agora, boa parte do favoritismo de Romney vinha sendo creditada à divisão da ala mais conservadora do partido entre três candidatos: Gingrich, Santorum e Perry.
Mesmo antes do anúncio de Perry, Gingrich já vinha se esforçando em sua campanha na Carolina do Sul para passar a mensagem de que os conservadores devem consolidar o apoio à sua campanha e que votos para Santorum ou Perry iriam acabar beneficiando Romney.
Com a saída de Perry, muitos de seus eleitores devem passar a apoiar Gingrich, o que aumenta as chances de que o ex-presidente da Câmara tenha um bom desempenho na Carolina do Sul, berço de um eleitorado conservador que tem a fama de “escolher” o pré-candidato que acabará sendo nomeado republicano.
Desde 1980, todos os vencedores das primárias republicanas no Estado acabaram vencendo a indicação final do partido.
Uma vitória de Gingrich no Estado poderá dificultar a campanha de Romney, já que ainda há uma maratona de prévias em todo o país até o anúncio oficial do indicado republicano, na convenção nacional, em agosto.
No entanto, há também temores de que revelações recentes feitas pela segunda mulher de Gingrich possam abalar sua imagem. Na quinta-feira, Marianne Gingrich disse em entrevista a veículos americanos que ele teria proposto um “casamento aberto” e que, antes do divórcio, ele já mantinha um relacionamento com Callista Bisek, sua atual esposa.
Falta de empolgação
Apesar das mudanças recentes, pesquisas nacionais ainda mostram Romney como favorito à indicação republicana, e indicam um empate técnico em um suposto embate entre ele e o presidente Barack Obama, que busca a reeleição pelo Partido Democrata.
Fonte: BBC Brasil
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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