Ferrovia destruída pelas enchentes será recuperada em Pernambuco
A Ferrovia Cabo-Propriá, que liga Pernambuco a Sergipe, parcialmente destruída pelas enchentes em 2010, terá um trecho de 380 quilômetros recuperado. O anúncio foi feito pelo Governo de Pernambuco. A Transnordestina Logística S.A será a empresa responsável pelas obras de reparo, que devem começar dentro de 15 dias, após autorização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
A companhia investirá R$ 60 milhões em recursos próprios para a recuperação da linha férrea. Os trabalhos devem gerar cerca de 200 empregos diretos. Com extensão total de 560 quilõmetros, a ferrovia apresenta hoje 350 pontos de interrupção no seu traçado, localizados entre os estados de Pernambuco e Alagoas.
Do total dos investimentos, cerca de R$ 25 milhões serão destinados à recuperação de um trecho de 150 quilômetros da ferrovia que corta os municípios pernambucanos de Ribeirão, Gameleira, Joaquim Nabuco, Catende, Maraial, São Benedito do Sul, Quipapá e Palmares, todos na Mata Sul, além de Canhotinho, no Agreste. Três pontes serão reconstruídas. Também serão feitos serviços de drenagem e terraplenagem, troca de trilhos e dormentes, além da limpeza da linha.
A expectativa é que a estrada de ferro esteja em pleno funcionamento dentro sete meses. Ainda segundo estimativa da Transnordestina Logística, a movimentação de cargas na ferrovia deve chegar a 1,5 milhão de toneladas por ano até 2015.
Durante o anúncio, realizado no Palácio do Campo das Princesas, no Recife, o diretor-presidente da Transnordestina Logística S.A, Tufi Daher Filho, disse que a reativação da ferrovia abrirá um canal de ligação de Pernambuco com a Bahia, pois a Cabo-Propriá será ligada à linha férrea Centro-Atlântica, que vai até Salvador. Ele também descartou a possibilidade de novas enxurradas voltarem a destruir a linha férrea usando o argumento de que as barragens que estão sendo construídas pelo Governo estadual vão evitar novas tragédias.
O governador do Estado, Eduardo Campos, destacou que a recuperação do equipamento trará benefícios para a economia, pois, segundo dados da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, a estrada de ferro será responsável por receber cerca de 15% da carga movimentada no Porto de Suape.
Destruíção
A Ferrovia Cabo-Propriá havia sido destruída pela primeira vez nas enchentes de 2000. Depois de oito anos e de uma disputa judicial que definiu que a responsabilidade pelo conserto da linha cabia à Transnordestina Logística S.A, os serviços começaram a ser executados. Em 2010, quando já possuía vários trechos prontos e estava prestes a ser inaugurada, a estrada de ferro foi novamente destruídas pelas chuvas.
Fonte: G1 PE
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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