No Recife, Justiça condena seis acusados de cometer chacina
Depois de cerca de 10 horas de julgamento no Fórum Rodolfo Aureliano, na Ilha Joana Bezerra, área central do Recife, o juiz Ernesto Bezerra Cavalcanti condenou seis de sete suspeitos de cometer uma chacina em 2006, na Zona Norte da capital pernambucana. O conselho de sentença aceitou em parte as acusações da promotoria. O julgamento ocorreu nesta quinta-feira (3) e se encerrou por volta das 21h, quando o juiz leu a sentença dos réus.
De acordo com a participação de cada réu na morte das cinco pessoas, as penas foram decididas. Ezequiel José de Oliveira foi condenado a 86 anos e seis meses de prisão em regime fechado; Ubiratan Nascimento da Rocha e Nilton Alves de Santana Filho, a 84 anos e seis meses de prisão em regime fechado; Anderson Cezar Ferreira Fraga e Evandro Silva dos Santos, a 54 anos e seis meses em regime fechado; e Luiz Fernando , a três anos e seis meses em regime aberto, pois foi acusado apenas de formação de quadrilha, não tendo participado dos homicídios.
Um dos réus não foi julgado nesta quinta-feira (3), pois seu advogado alegou que o tempo de defesa era insuficiente para a exibição de um vídeo, que não estava nos autos do processo. Como o pedido não foi concedido, eles deixaram o júri. A data do novo julgamento desse suspeito será definida na próxima semana e ele foi encaminhado de volta para a cadeia.
O julgamento começou com um interrogatório dos seis suspeitos, por volta das 10h da manhã. Depois, os representantes do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) tiveram duas horas e meia para expor sua tese, sendo seguidos pela defesa, que teve o mesmo tempo para apresentar os argumentos. O MPPE não pediu réplica, por isso também não houve tréplica da defesa.
Os réus foram julgados por prática de crime hediondo, formação de quadrilha e homicídio duplamente qualificado – por motivo fútil e sem dar chance de defesa às vítimas. Também foram condenados por tentativa de homicídio duplamente qualificado, cuja vítima foi uma criança, que sobreviveu à chacina.
Os crimes ocorreram na comunidade de João de Barros, no bairro de Campo Grande. Duas das vítimas teriam comprado, mas não teriam pago por grande quantidade de pedras de crack à quadrilha comandada por Ezequiel de Oliveira. Já as outras três vítimas, segundo a polícia, foram executadas para não servir de testemunhas. Os assassinatos aconteceram na casa de uma das vítimas.
De acordo o Tribunal de Justiça de Pernambuco, os defensores, com exceção da defesa de Luiz Fernando, irão recorrer das penas.
Fonte: G1 PE
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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