Em um ano, Recife ganha quase 10 mil empreendedores individuais
Muitas pessoas que trabalhavam na informalidade no Recife estão passando a ter, oficialmente, o seu próprio negócio. O número de empreendedores individuais formalizados na capital pernambucana teve um crescimento de 120,5% em 2011, quando comparado com o ano de 2010. Os dados são do Relatório Trimestral do Mercado de Trabalho Formal do Recife, divulgado na segunda-feira (6). No total, mais de 9 mil recifenses entraram na formalidade do mundo dos negócios em 2011, índice maior do que outras capitais, como Fortaleza (CE) e Salvador (BA).
Maria Aparecida Oliveira, mais conhecida como Cidinha, faz parte desse novo grupo. Ela tem um tempero que já está fazendo fama no bairro do Ipsep, na Zona Sul do Recife. Há quase sete anos, produz salgados e tortas para vender em sua lanchonete, a Tropical Lanches. Porém, só há um ano e meio resolveu se inscrever no programa de Empreendedor Individual do Sebrae. Cidinha não abre mão mais de ter seu próprio negócio. “Resolvi investir porque não depender dos outros já é uma ótima coisa. É muito bom você ter seu próprio negócio, administrar suas coisas, fazer o que tem vontade, ter o seu retorno. Sempre tive essa postura de não ser mandada e trabalhar só”, disse.
Esses novos empreendedores também contribuem para a redução dos índices de desemprego no Grande Recife nos últimos anos. O relatório divulgado apontou que a taxa de desemprego no Recife foi de 11,9% em dezembro de 2011. Essa taxa é 6,2% menor do que a observada no mês anterior. No acumulado do ano, o Recife apresentou um saldo de 37.749 novas vagas geradas, resultado de 246.674 admissões contra 208.925 desligamentos.
Na lanchonete de Cidinha, conhecida com o “Pastel da Galega”, seis pessoas já trabalham ajudando a desenvolver o negócio, que funciona da terça-feira ao domingo. A nova empreendedora sabe que o lugar onde alcançou no mercado não aconteceria se ela não participasse do programa do Sebrae. “Primeiro, você começa a ter crédito para investir, o que é muito importante. Você também passa a ter CNPJ, pode comprar de distribuidores, tudo facilita bastante. Seu negócio passa a ter muito mais credibilidade. Você gera boleto e tem capacidade de investir e crescer”, comentou.
O programa Empreendedor Individual do Sebrae foi criado em 2009 e fechou o ano de 2011 com quase 1,9 milhão de cadastrados em todo o Brasil. Esse tipo de empreendedor paga imposto equivalente a 5% do salário mínimo, ou seja, R$ 31, levando em conta o novo salário mínimo de R$ 622. Além disso, ele paga R$ 1 se a atividade for comercial ou R$ 5 se for uma prestação de serviço.
Cidinha, agora uma empresária, não esconde a satisfação de ver a estrutura do empreendimento crescer junto com o programa. “Você começa a acreditar muito mais no que faz. Você está criando as suas coisas, ajeitando o seu negócio. Você vê o público gostando, comendo a comida feita por você. Tudo isso é muito satisfatório, gratificante”, comemorou.
Para se formalizar no programa, basta entrar no site do Sebrae. A elaboração do relatório foi baseada nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged); do registro administrativo do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE); da Pesquisa Mensal de Emprego e Desemprego (PED); da pesquisa domiciliar para a Região Metropolitana do Recife realizada pelo convênio entra a Agência Condepe/Fidem, STQE, SEADE-SP, Dieese e MTE/FAT; e dos números referentes a optantes do Programa do Empreendedor Individual do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.
Fonte: G1 PE
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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