Ex-presidente da Olympus é detido por fraude
O ex-presidente executivo da Olympys Tsuyoshi Kikukawa, suspeito de ter desempenhado um papel chave no escândalo de contas adulteradas da gigante de câmeras fotográficos, foi detido nesta quinta-feira (16) no Japão ao lado de outros dois ex-diretores da empresa.
Kikukawa, 70 anos, seu ex-braço direito, Hisashi Mori, 54, e o ex-administrador Hideo Yamada, 67, foram detidos como parte de uma investigação sobre uma fraude contábil de R$ 3,03 bilhões (134,6 bilhões de ienes), fruto de investimentos financeiros arriscados.
Os três foram formalmente detidos após um interrogatório com um promotor e investigadores da polícia.
A maquiagem financeira, que tinha como objetivo ocultar uma perda por investimentos financeiras dos anos 1980, começou no fim da década de 90 e prosseguiu até poucos anos atrás, admitiu a empresa.
Presidente do grupo na época, Kikukawa é suspeito de ser o principal organizador do esquema.
Dezenove integrantes, atuais ou passados, do Conselho de Administração da Olympus estão envolvidos ou sabiam claramente da maquiagem nas contas, incluindo o atual presidente Shuichi Takayama, que teria fechado os olhos.
Segundo os advogados da empresa, as manobras contábeis teriam custado R$ 1,93 bilhão (85,9 bilhões de ienes) para a Olympus, que reclama um total de R$ 80,7 milhões (3,6 bilhões de ienes) em danos por parte dos executivos.
O escândalo explodiu com a destituição do presidente britânico do grupo, Michael Woodford, oficialmente por métodos de trabalho “inapropriados”, em 14 de outubro.
Woodford, que não integrava a cúpula da empresa na época da maquiagem, revelou à imprensa que a demissão havia sido provocada por um pedido de explicações sobre os pagamentos obscuros efetuados pela compra de quatro empresas.
Os promotores deverão interrogar Kikukawa e os outros detidos, enquanto a fabricante japonesa planeja realizar uma reunião extraordinária de acionistas em 20 de abril para escolher uma nova junta diretiva.
A Olympus, uma das principais fabricantes mundiais de material fotográfico, óptico e instrumentos de precisão, anunciou na última segunda-feira que para este ano fiscal, que termina em 31 de março, prevê uma perda líquida de R$ 697,8 milhões (32 bilhões de ienes).
Fonte: EFE e France Presse
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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