Portela festeja Clara Nunes e leva o carnaval do Pelourinho à Sapucaí

Juntos no carro abre-alas da Portela os músicos Paulinho da Viola e Marisa Monte desfilam mais uma vez pela escola de coração. (Foto: Bernardo Tabak/G1)Na primeira noite do Grupo Especial do carnaval do Rio de Janeiro, a Marquês de Sapucaí foi tomada pela música e pelas cores da Bahia no desfile da Portela, segunda escola a passar pelo Sambódromo. Com enredo que homenageou Clara Nunes, que completaria 70 anos se estivesse viva em 2012, a maior detentora de títulos do carnaval carioca trouxe para a avenida ícones da festa e da cultura baiana como o Afoxé e o Olodum, e a cantora Daniela Mercury.

Juntos no carro abre-alas da Portela os músicos Paulinho da Viola e Marisa Monte desfilam mais uma vez pela escola de coração. (Foto: Bernardo Tabak/G1)

Um dos símbolos do carnaval da Bahia, Daniela disse nem ter se lembrado do trio elétrico ao desfilar como destaque de carro alegórico na escola de Madureira. Ela se dividiu  entre Rio e Bahia para vir pessoalmente desfilar na Sapucaí pela primeira vez. Em cima do carro ‘O Canto da Cidade’, homenagem a um de seus principais sucessos, ela simbolizou na avenida o carnaval da Bahia e seus trios elétricos.

Com o tradicional grito “Vai na ginga, Portela!”, o intérprete Gilsinho abriu o desfile em uma noite de calor no Sambódromo, puxando o samba “E o povo na rua cantando. É feito uma reza, um ritual…”, um dos mais bem criticados desde Carnaval.

Ele é filho do renomado Jorge do Violão, baluarte e integrante da velha guarda da Portela. Além disso, é músico talentoso: toca contra-baixo, banjo, cavaco, violão e bateria.

No ano passado, a Portela foi uma das três escolas do Rio que desfilou sem disputar o título, depois que um incêndio destruiu parte de suas fantasias. Maior detentora de títulos do carnaval, a Portela está há quase três décadas sem uma vitória: a última foi em 1984.

Clara Nunes foi representada na Portela pelacantora Vanessa da Matta, que não escondeu a emoção ao desfilar.

“É extremamente arrepiante”, disse Vanessa, de tiara de conchas e vestido rendado, figurino caprichosamente calculado para lembrar o estilo de Clara Nunes.

“Eu amo a Portela e Clara Nunes é um ícone da música brasileira. Uma mulher que cantou a religiosidade como ninguém e espalhou a cultura afro. É extremamente arrepiante representar um mito. Eu cresci ouvindo a Clara e poder viver essa artista, nem que seja por alguns minutos, é um sonho. Ela não é uma cantora importante apenas para o Brasil, mas para o mundo”, disse ela.

Outros nomes de peso da música brasileira defenderam a Portela. Juntos no carro abre-alas, os músicos Paulinho da Viola e Marisa Monte desfilaram mais uma vez pela escola de coração.

“O samba já estava na boca do povo”, disse a cantora após o desfile. Na alegoria, a tradicional águia, símbolo da Portela, veio em tons de dourado para o carnaval 2012. “É muita emoção, eu espero miuto empolgação”, finalizou Paulinho da Viola.

O desfile foi criação do carnavalesco Paulo Menezes, considerado uma das revelações do carnaval do Rio e que estreou na Portela depois de deixar a Porto da Pedra. Na avenida, ele cumpriu sua promessa de colorir a escola em cores além das tradicionais azul e branco. Menezes já passou por várias escolas do Grupo Especial, como Império Serrano e Mocidade.

“Não consigo avaliar o desempenho porque não acompanhei tudo”. Paulo também disse que não estava plenamente satisfeito: “A gente sempre acha que pode ser melhor”, avalia.

A porta bandeira Lucinha Nobre, 36 anos e detentora de cinco prêmios Estardartes de Ouro e Tamborim de Ouro, fez um desfile cheio de emoção e passou mal no final da avenida. “Acho que foi uma emoção muito grande”. Apesar do contratempo, ela se disse feliz com sua performance. “Fiz minha coreografia todinha”, comemorou.

A bateria da Portela, comandada pelo Mestre Nilo,  trouxe atabaques para representar as batidas do afoxé Filhos de Gandhy, tradicional grupo do carnaval baiano. Foi necessária muita criatividade para suportar o peso dos instrumentos: eles entraram em cima de rodinhas. Assim, os instrumentistas só precisam empurrá-los ao longo da passarela do samba.

Muito emocionada e às lagrimas à frente da bateria estava a rainha Sheron Menezzes, que esbanjou beleza e samba no pé.

Outro destaque feminino foi a musa Vânia Love, irmã do jogador Vagner Love, que sambou e encantou o público com a fantasia “Eu sou o céu para suas tempestades”. Ela levantou a Sapucaí ao improvisar alguns passos afro durante o desfile.

“Como a Bahia, Portela está em festa hoje. O nosso samba é maravilhoso e a escola está mais forte do que nunca”, disse ela.

A comissão de frente da Portela, coreografada por Márcio Moura, contou com a participação do ator Milton Gonçaves erepresentou as roupas da santidade dos orixás: Oxaguiam, Oxossi, Xangô, Yemanjá, Oxum e Iansã.

Fonte: G1

Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)

Eu Nestor Luiz RJ acredito que as coisas possam ficar ainda pior;Haja visto que não é só o carnaval de SP que está sendo manipulado, para atender interesses da elite. Virou instrumento de controle da liberdade de expressão, é notório que a elite roubou as escolas de samba para si ! Perceba o que aconteceu no RJ o carnavalesco é o grande campeão,em uma escola onde não se vê o negro com a sua arte maior, o sambar! Não existe mais rainha de bateria negra, os ritimistas não ganham o que o Romeno ganhou! Não existe mais passista como delegado etc…A alegoria humana do carnavalesco “intelectualizado” não samba , o enredo atende à interesses políticos e mercantís, onde o negro ritimista ganha a fantasia, o prato de sopa e a cachaça como provento. Esse ritimo negro que dá o sustentáculo à glória do carnavalesco, representação maior da elite, não é remunerado no luxo do corso. Eu como ritimista, sambista desde,criança por herança não entendo isso como escola de samba, e sim como corso carnavalesco. O verdadeiro sambista não é a piriguete do momento disputando um espaço, samba não é vitrine para venda de sexo ou dondoquismo, muito menos para intelectualóide destruir toda uma cultura negra que não se beneficia do mercantilismo do corso. Salve! a Portela, salve! Madureira, identidade, verdade do legítimo samba. O presidente da “escola” desculpe-me!! do corso,É estrangeiro e diz que a capital do samba agora é na Tijuca, ele esta enganado talvez por ser português, o samba não é estrangeiro. O que o presidente também desconhece é que Madureira nunca escravizou negros e tem em suas comunidades suas quadras de escolas de samba, nunca levou pra longe dos seus negros os terreiros de samba. A linda Portela sempre ganhou carnaval com sambistas, nunca com carnavalesco corsiano, comissão de frente doente do pé que não canta, a língua do samba. Meus caros sambistas, não se espantem quando nós tivermos que engolir a madona de porta bandeira da unidos da Tijuca e o Brad Pitt de mestre sala!

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GONZAGA PATRIOTA PARTICIPA DO DESFILE DA INDEPENDÊNCIA NO PALANQUE DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA E É ABRAÇADO POR LULA E POR GERALDO ALCKMIN.

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