Nascem 15 milhões de bebês prematuros por ano em todo o mundo
Todos os anos, aproximadamente 15 milhões de bebês nascem prematuramente em todo o mundo, mais do que um em cada dez. Esse dado faz parte do estudo Born Too Soon (Nascidos Muito Cedo), realizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que analisou o número de crianças prematuras país a país. O documento, o primeiro a trazer esse tipo de dado, ainda apontou que mais de um milhão desses bebês morrem por ano. O Brasil é o décimo país com mais partos antes do tempo normal de gestação, com 279.300 crianças nascidas nessa condição – 12.000 delas morrem por complicações em sua saúde.
O estudo considerou como bebê prematuro aquele que nasceu com 37 semanas de gestação ou menos. Segundo a OMS, esse tem sido um problema negligenciado por governos em todo o mundo. “Todos os recém-nascidos são vulneráveis, mas os prematuros são extremamente vulneráveis”, disse Ban Ki-moon, Secretário Geral do ONU.
Essa é a segunda principal causa de mortes em crianças menores de 5 anos, só perdendo para a pneumonia. Os pesquisadores dizem que pelo menos três quartos desses bebês poderiam ter sobrevivido se tivessem recebido o tratamento adequado.
Desigualdade — A pesquisa mostra o quanto a taxa de partos prematuros – e de mortes decorrentes do problema – é desigual no mundo. Nos países mais pobres, perto de 12% dos bebês nascem antes da hora, enquanto a taxa fica perto dos 9% nos países mais ricos.
Na lista dos 10 países com a maior taxa de bebês prematuros, 8 deles fazem parte da África subsaariana. Já quando considerado o número total de partos prematuros, os maiores países naturalmente ficam na frente, com Índia e China dominando o ranking.
Segundo a pesquisa, a taxa cresceu em quase todo o mundo. Nos países mais ricos, esse crescimento está ligado ao fato de as mulheres serem mães cada vez mais tarde e de serem usados cada vez mais métodos de fertilização. Nos países mais pobres, as causas são mais variadas, como infecções, malária, HIV e gravidez na adolescência.
Além disso, a pesquisa mostra a diferença entre os países no número de crianças que sobrevivem a essa condição. “Nos países pobres, mais de 90% dos bebês extremamente prematuros morrem nos primeiros dias de vida, enquanto menos de 10% morrem nos países ricos”, disse o epidemiologista americano Christopher Howson, que também tem cidadania brasileira e é um dos editores do estudo.
Saúde — Segundo os pesquisadores, não seria caro para os governos diminuírem esse número de mortes. Alguns procedimentos baratos, como usar creme antisséptico para tratar infecções no cordão umbilical e antibióticos para cuidar de infecções gerais, poderiam salvar inúmeras vidas.
Somente o fornecimento de injeções de esteroides pré-natais para as mães, que ajudariam a desenvolver os pulmões dos bebês e prevenir doenças respiratórias, poderia salvar 400.000 crianças.
Fonte: Revista Veja
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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