Eduardo Campos define nomes que vão integrar a Comissão estadual da Verdade
Composta de advogados e professores universitários a lista de integrantes da Comissão da Verdade foi definida neste domingo (27) pelo governador Eduardo Campos. Os nomes foram resultados de rodadas de conversações do gestor estadual com entidades representativas da sociedade civil. Como foi estabelecido na lei, a Comissão é composta por nove membros, seis indicados pela sociedade civil, três pelo Governo do Estado.
Com papel similar à Nacional, a Comissão da Verdade pernambucana pretende apurar e esclarecer crimes de sequestro, morte, desaparecimento e tortura no período da ditadura militar, entre 1964 e 1985, ocorridos no território de Pernambuco ou contra pernambucanos, mesmo que fora do Estado. Também serão investigados crimes cometidos pela repressão durante a ditadura do Estado Novo, de 1937 a 1946.
A responsabilidade de coordenar a comissão ficou com o ex-deputado Fernando Vasconcelos Coelho, que foi presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e integrou a ala autêntica do Movimento Democrático Brasileiro (MDB).
Também integram a comissão
Henrique Mariano
Atual presidente da OAB e filho de uma liderança histórica dos advogados, o ex-presidente Hélio Mariano. Tem se notabilizado por recuperar a liderança da Ordem nas mobilizações da sociedade civil pelos direitos humanos e a cidadania.
Humberto Vieira de Melo
Advogado e militante político com ligação histórica com a luta pelos direitos humanos. Foi secretário de Justiça do Governo do Estado durante o primeiro mandato de Jarbas Vasconcelos. Em sua gestão, foi elaborada e aprovada a Lei Estadual de Indenização a Presos Políticos/Torturados em Pernambuco, durante o período da ditadura militar. Também exerceu cargo na pasta estadual da Justiça no segundo governo de Miguel Arraes (1987).
Roberto Franca
Militante da causa dos direitos humanos desde a juventude, com intensa participação na mobilização pela volta dos exilados e pela anistia. Chegou a ser preso pelo regime militar por suas atividades políticas. É um dos fundadores do Gabinete de Assessoria Jurídica às Organizações Populares (Gajop). Foi deputado federal e foi Secretário de Justiça, a convite de Miguel Arraes (1995/98).
Manoel Moraes
Bacharel em Ciências Sociais e Mestre em Ciência Política. É o atual coordenador do Gajop, uma das mais influentes entidades do movimento pelos direitos humanos em Pernambuco, com mais de 30 anos de presença ativa. Colaborador da rede de defensores e defensoras de direitos humanos das Américas, mediada pela Anistia Internacional.
Socorro Ferraz
Historiadora da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) e militante política, atualmente ligada ao PPS, partido pelo qual foi candidata a vice-prefeita do Recife. Atualmente é consultora do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).
Nadja Brayner
Professora aposentada da UFPE. Na segunda metade dos anos 70, participou da luta pela redemocratização do País e pela constituição do Comitê da Anistia em Pernambuco e em defesa da integridade física dos presos políticos. Foi vice-presidente do Comitê Brasileiro de Anistia.
Pedro Eurico de Barros
Teve papel destacado na luta pela redemocratização por seu papel na Comissão de Justiça e Paz da Arquidiocese de Olinda e Recife, durante o apostolado de Dom Hélder, a quem era fortemente ligado. Foi vereador do Recife e deputado estadual por cinco mandatos.
Gilberto Marques
Advogado ligado ao Gajop. Um dos processos que lhe deu maior notoriedade foi o que resultou na condenação do Major Ferreira e outros cinco acusados da morte do procurador da república Pedro Jorge de Melo e Silva.
Fonte: Folha-PE
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)





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