Mais de 700 desaparecimentos foram registrados em Pernambuco desde 2000
O drama vivido pela família de Ozias é o mesmo enfrentado por milhares de pessoas que de uma hora para outra percebem que um parente sumiu. Na maioria dos casos, os desaparecidos são jovens e adultos, mas o número de crianças que somem também é expressivo. De acordo com os dados do Disque-Denúncia Pernambuco, desde 2000, 739 sumiços foram registrados.
Ano passado, o serviço contabilizou 44 informações alegando o desaparecimento de familiares. Nos últimos cinco anos, 62 pessoas foram localizadas a partir de um telefonema anônimo. No Recife e Região Metropolitana, o serviço atende pelo telefone 3431.9595. No Interior do Estado, o atendimento é feito pelo (81) 3719.4545.
Do total de desaparecidos registrados pelo Disque-Denuncia desde 2000, 528 casos se referem a jovens e adultos e 211 a crianças e adolescentes. De acordo com a coordenadora do serviço, Carmela Galindo, é importante registrar o sumiço o mais rápido possível. “Se for em um horário em que o responsável não pode sair de casa, ele pode ligar para o Disque-Denúncia. Mas é importante que o registro do desaparecimento seja também feito formalmente à polícia”, alertou. De acordo com a assessoria de Imprensa da Polícia Civil, o registro dessa ocorrência pode ser feito na delegacia mais perto da casa da família.
Em relação às crianças e aos adolescentes, o desaparecimento acontece da própria casa em aproximadamente 47% dos casos, de acordo com o levantamento do Disque-Denúncia. Em seguida, aparecem as ruas (7%) e a escola (3%). Ainda segundo o serviço, 44% dessas denúncias tratam do desaparecimento de meninos e meninas com idades entre 11 a 17 anos e 41% a de crianças de dois a dez anos. Os dados também revelam que a maior parte das vítimas é do sexo feminino (48%).
De acordo com a coordenadora do Disque-Denúncia Pernambuco, Carmela Galindo, para prevenir os desaparecimentos na infância, os pais devem estar atentos ao comportamento dos filhos.
“A atenção tem de ser redobrada no caso das crianças com idades de dois a cinco anos, que já podem andar, mas não se localizam com facilidade”, explicou, depois de acrescentar que a fase da adolescência também apresenta risco, uma vez que são mais frequentes os conflitos dentro de casa.
Fonte: Folha-PE
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
Nenhum comentário