Número de refugiados atinge recorde em 2011, diz agência da ONU
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
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Cerca de 4,3 milhões de pessoas foram forçadas a se deslocar dentro do próprio país ou entre fronteiras internacionais em 2011, sendo que um número recorde de 800 mil tornaram-se refugiadas, revela relatório divulgado neste domingo (17) pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur).
De acordo com o levantamento “Tendências Globais 2011”, o aumento no número de deslocamentos está relacionado a crises humanitárias iniciadas no fim de 2010 em países como Costa do Marfim, Líbia, Somália e Sudão.
Em todo o mundo, segundo o Acnur, 42,5 milhões de indivíduos terminaram o ano de 2011 em uma situação de refúgio, seja como refugiados (15,42 milhões), deslocados internos (26,4 milhões) ou solicitantes de refúgio (895 mil).
Apesar do recorde de refugiados, o número de deslocados em 2011 ficaram abaixo dos 43,7 milhões de deslocados registrados ao final de 2010. A diferença, segundo o documento, se deve ao grande número de deslocados internos que puderam voltar para suas casas no ano passado: 3,2 milhões de pessoas, o que também configura o maior retorno de deslocados em uma década.
O relatório que compila dados de pessoas em situação de refúgio no mundo nos últimos dez anos também revela que o número tem se mantido acima dos 42 milhões nos últimos cinco anos consecutivos.
Além disso, o documento também revela que dos 10,4 milhões de refugiados sob mandato da agência da ONU no mundo, quase 75% (7,1 milhões) estão há pelo menos cinco anos em exílio, “vivendo em campos de refugiados ou em condições precárias nas áreas urbanas”, descreve o texto.
“O ano de 2011 vivenciou o sofrimento humano em uma escala épica. O custo pessoal foi enorme para todos aqueles que tiveram suas vidas drasticamente afetadas em tão curto espaço de tempo”, diz o Alto Comissário da ONU para Refugiados, António Guterres, no texto de apresentação.
Países
De acordo com o relatório, o Afeganistão continua sendo o principal país de origem de refugiados (2,7 milhões), seguido pelo Iraque (1,4 milhão), Somália (1,1 milhão), Sudão (500 mil) e República Democrática do Congo (491 mil).
Já os principais países de destino são Paquistão (1,7 milhões de pessoas), Irã (886,5 mil), Quênia (566,5 mil) e Chade (366,5 mil).
Entre os países industrializados, a Alemanha é o único que integra o grupo dos principais destinos, com uma população refugiada 571,7 mil pessoas.
A publicação destaca, no entanto, que a África do Sul foi o país que mais recebeu pedidos de refúgio em 2011 (107 mil), tendência verificada nos últimos quatro anos.
O Brasil abriga 4.477 refugiados, segundo o relatório. O número é apenas um pouco maior que o do último documento, que apontava a existência de 4.251 em situação de refúgio no país, de 76 nacionalidades diferentes.
Outras 1.045 pessoas deixaram o país em busca de refúgio e há 180 pedidos pendentes.
Apátridas
O documento afirma ainda que apenas 64 governos ao redor do mundo mantém registros de apátridas –pessoas sem cidadania reconhecida em nenhum país e privados de direitos básicos como o acesso a empregos e educação.
Segundo a Acnur, o número corresponde às estatísticas de apenas 25% dos estimados 12 milhões de pessoas que vivem nesta situação no mundo.
Fonte: G1
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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