Empresa chinesa está prestes a dominar mercado de PCs
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
- Category : Clipping
O nome significa “nova lenda” e a empresa faz jus a ele. A gigante chinesa dos computadores Lenovo está prestes a se tornar o maior fabricante de computadores pessoais (PCs) do mundo, superando marcas emblemáticas como Hewlett Packard, Dell, Acer e a pioneira IBM.
A brecha que separa a Lenovo da líder no segmento, a americana HP, é de menos de 1%: 14,9% do mercado são da fabricante chinesa e 15,5 % estão sob o controle da multinacional americana, segundo a empresa de pesquisas de mercado IDC.
Segundo especialistas, no entanto, a Lenovo estará no topo antes do final deste ano.
As ações da fabricante chinesa subiram cerca de 16% em 2012, deixando as rivais para trás.
A empresa é conhecida por ter adquirido, em 2005, a marca Thinkpad e a divisão de PCs da IBM – pelo qual pagou US$ 1,27 bilhão.
Depois, comprou a fabricante alemã de portáteis Medion e, recentemente, formou uma empresa com a japonesa NEC.
Sua expansão é marcada, segundo analistas, por uma agressiva política de preços, aquisições no exterior e o aproveitamento de um mercado doméstico em rápido crescimento.
“Somos uma empresa global com raízes na China, mas por conta de nossas aquisições ao longo dos anos, somos de muitos lugares diferentes”, disse à BBC David Roman, diretor de marketing da Lenovo.
“Nossa estrutura organizacional é sem dúvida uma das chaves da nossa força. Ela nos permite criar uma moldura global para comercializar a marca Lenovo dentro do contexto local dos mercados nos quais operamos”, acrescentou.
Analistas, no entanto, advertem que o rápido retorno das ações da Lenovo é fruto da diminuição das margens de lucro da empresa. Além disso, a fabricante enfrenta uma desaceleração no crescimento no mercado de portáteis e também se vê às voltas com as rivais no complexo segmento de tablets.
Do local ao global
Fundada em 1984 em Pequim, com o nome de Legend Group and New Technology Developer Incorporated, a Lenovo começou a crescer rapidamente no mercado chinês, que ainda hoje absorve quase a metade dos produtos da empresa.
As vendas na China estão concentradas em cidades pequenas e áreas rurais, onde o PC ainda é um artigo escasso e novo. Mas a empresa também se diversificou. A Lenovo agora fabrica portáteis, servidores, PDAs (Personal Data Assistants, como palmtops) e hands free para celulares.
Além disso, a empresa se concentrou no consumidor do segmento jovem, com idade entre 18 e 34 anos.
“Constatamos que os consumidores desse segmento demográfico em diferentes culturas apresentam semelhanças por causa do seu nível de conectividade e abertura a novas experiências”, disse Roman.
Outro ponto forte da gigante asiática é a presença de executivos de tecnologia de mais de seis países em seu corpo diretor. A Lenovo tem sedes em Pequim, Paris e Raleigh (na Carolina do Norte, Estados Unidos).
O crescimento na Europa e no Japão foi impulsionado pela aquisição da eletrônica Medion e da NEC.
Pontos Fracos
Apesar do tamanho e do crescimento da Lenovo, suas margens de lucro vêm se deteriorando e a empresa ainda tem de consolidar sua posição.
“A HP, a Dell e a Acer relegaram o mercado de PCs e deixaram o espaço para a Lenovo. A empresa asiática agora ldiera as vendas, mas não os lucros”, segundo a analista Dickie Chang, da agência Reuters.
Outro obstáculo que a Lenovo enfrenta é a desaceleração no crescimento do mercado de PCs, em nível global e na própria China.
Ainda que em 2011 as vendas da empresa tenham crescido 35%, a Lenovo tem de lidar com o fato de que seus consumidores trocaram seus computadores e portáteis por smart phones e tablets.
“Continuamos sendo positivos em relação à expansão da fatia de mercado da Lenovo. Porém, o crescimento absoluto será muito mais lento”, informaram analistas do grupo de investimentos Jefferies.
Para competir com pesos pesados do mundo tecnológico como a Apple, cujos produtos são muito populares na China, a Lenovo desenvolveu uma linha de smart phones e tablets, os chamados LePads.
No momento, a empresa continua crescendo, embora sua marca continuem menos conhecida do que a de suas rivais HP, Acer e Dell.
Em entrevista à BBC,Joel Backaler, do grupo Frontier Strategy, disse que a Lenovo e outras empresas chinesas “sofrem do mesmo problema: o crescimento em alta velocidade de seu negócio supera o crescimento de sua marca”.
Fonte: BBC Brasil
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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