Banco Central: crédito será mais restrito no 3º trimestre
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
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O diretor de Política Econômica do Banco Central (BC), Carlos Hamilton Araújo, informou, nesta sexta-feira, que as condições de crédito devem seguir um pouco restritivas no terceiro trimestre do ano, embora ligeiramente melhores do que nos últimos três meses.
A avaliação foi feita por executivos de instituições financeiras consultados para o Boletim Regional do BC. Segundo Hamilton, há melhora nas condições de aprovação de crédito para grandes empresas, mas o diretor do salientou que a percepção do risco do cliente e as condições de liquidez do mercado determinam as condições ainda restritivas de crédito para grandes companhias. Hamilton informou que dados preliminares do setor financeiro apontam uma redução modesta das concessões de crédito para empresas em julho em relação a junho.
Já para o segmento de micro e pequenas empresas as condições de crédito “continuam um pouco restritivas, afetadas pela inadimplência”, disse Hamilton. “Há, porém, melhora na demanda por crédito por parte de micro e pequenas empresas. E isso ocorre em função das condições de juros e da demanda por capital de giro”, afirmou.
As pessoas físicas também estão sentindo um pouco mais de dificuldade na concessão de crédito, de acordo com Hamilton. “Mas a demanda por crédito pelas famílias melhora em função da redução dos juros e da perspectiva de avanço das condições econômicas nos próximos meses”.
Para o diretor do BC, “à medida que o tempo vai passando, é natural que ocorra moderação da taxa de juros nas concessões de crédito”. Ele também afirmou que as perspectivas são de continuidade da redução da inadimplência ao longo do segundo semestre.
Crédito imobiliário – No que tange a demanda por crédito habitacional, a demanda está moderadamente forte e ela vem sendo impulsionada pela flexibilização dos prazos de financiamentos de imóveis e pela redução dos juros. Hamilton citou que, de acordo com os executivos ouvidos na pesquisa, as perspectivas de concessão de crédito para este trimestre são melhores do que no trimestre passado.
O crédito imobiliário tem sido o grande fator do crescimento do endividamento, contudo, ao comprar um imóvel, boa parte dos cidadãos se desvencilha da despesa de aluguel, o que contrabalanceia a conta. No Brasil o crédito imobiliário ainda é muito pequeno (não chega a 10% do PIB) quando se compara a outros países, onde a participação atinge 40% do PIB.
Cenário – Hamilton lembrou ainda que, no caso da inadimplência, atrasos de 15 a 90 dias atingiram o ponto máximo em fevereiro e estão recuando. Em sua avaliação, o endividamento das famílias tem apresentado recuo lento. Segundo o diretor do BC, o comprometimento da renda das famílias atingiu 21,85% em maio, abaixo do pico de 22,42% em outubro. Quando se excluem as despesas com crédito habitacional, o comprometimento da renda das famílias atingiu 20,6% em maio.
Fonte: VEJA
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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