RIO DE JANEIRO – O número de contratações temporárias efetuadas em todo o país no último mês de julho somou 16,5 mil, repetindo o total apurado no mesmo mês do ano passado. As efetivações, entretanto, ficaram 8% inferiores às de igual período de 2011, disse nesta terça-feira (7) à Agência Brasil a presidente da Associação Brasileira das Empresas de Serviços Terceirizáveis e de Trabalho Temporário (Asserttem), Jismália de Oliveira Alves.
De acordo com ela, a expectativa era atingir 17 mil contratações temporárias em julho, mantendo a média de efetivações no mês, entre 30% e 35%. A desaceleração da economia brasileira nos últimos meses e a crise internacional acabaram contribuindo para desanimar o empresariado. “O cenário econômico tem uma influência muito grande nas contratações e efetivações. Mexe direto no emprego”, comentou Jismália.
A dirigente observou que, apesar do quadro adverso, o saldo ainda foi positivo. Do total de 16,5 mil vagas temporárias preenchidas em julho, 13 mil foram contratações no setor de lazer e entretenimento e 3,5 mil na indústria e comércio. Mil trabalhadores temporários acabaram sendo efetivados. Jismália espera que, quando o cenário econômico interno e externo se acomodar, o patamar de efetivações possa ser resgatado.
Para a presidente da Asserttem, em relação ao contrato temporário, não haverá efeitos negativos. “Ele vai continuar no mesmo nível, até porque há uma necessidade do mercado de uma contratação nos moldes que o trabalho temporário oferece”. A demanda, frisou, é elevada.
“Quando a economia não dá segurança total, o que acontece é que você opta por uma contratação que lhe dá a possibilidade de estar com uma pessoa até três meses, podendo prorrogar esse prazo. Você tem no contrato temporário uma ferramenta importante de gestão em momentos críticos da economia”.
Das 16,5 mil vagas temporárias abertas no Brasil em julho, 75%, ou o equivalente a 6 mil contratações, foram ocupados por pessoas entre 18 e 39 anos. “É a situação de primeiro emprego para alguns. A gente entende que é para o jovem uma excelente oportunidade de adquirir experiência, se adequar e conhecer como funciona o mercado do trabalho”.
A região Sudeste liderou as contratações, com 8.559 vagas temporárias. Por estados, a maior quantidade ocorreu em São Paulo, com 4.929 trabalhadores temporários, seguido de Minas Gerais (1.805) e Rio de Janeiro (1.515), no Sudeste, e Paraná (1.120) e Rio Grande do Sul (1.021), na Região Sul.
Jismália Alves acredita que o trabalho temporário poderá repetir ou mesmo superar este ano o resultado registrado em 2011, quando 261,6 mil trabalhadores foram contratados temporariamente, o que significou aumento de 7,08% em comparação a 2010.
De acordo com a Asserttem, no primeiro semestre do ano passado, foram efetuadas 114,8 mil contratações temporárias, com expansão de 10% sobre as 104,3 mil vagas contabilizadas no acumulado janeiro/julho de 2010. Já em 2012, até julho, o total de contratos temporários alcançou 151 mil, com percentual de efetivação de 10%.
Fonte: Agência Brasil
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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