Instituições de educação que oferecem ensino superior em Pernambuco começaram a se preparar, nesta terça-feira (07), para um evento que vai ocorrer no próximo mês de novembro, no Recife, que pretende ampliar o número de  intercâmbios de estudantes para os Estados Unidos.

 Na ocasião, 17 reitores e coordenadores de universidades norte-americanas virão conhecer as entidades locais com o objetivo de estruturar pesquisas conjuntas, cursos de férias e programas de intercâmbio. O foco maior do evento é ampliar o turismo educacional entre os dois países.

Ao logo desta terça-feira, na sede da Secretaria de Ciência e Tecnologia de Pernambuco (Sectec), no Bairro do Recife, reitores, coordenadores de relações internacionais e diretores de instituições de ensino superior do estado participaram de palestras que mostraram a importância do diálogo com universidades estrangeiras e as oportunidades que podem ser geradas a partir dessa articulação. Também foram apresentadas formas de aumentar o número de programas de intercâmbio.

Oportunidades

Uma das oportunidades citadas é o Ciência sem Fronteiras, do governo federal, que recentemente abriu as inscrições para oito editais de bolsas de estudos em graduação. Há vagas disponíveis para sete países: Alemanha, Austrália, Canadá, Coreia do Sul, Estados Unidos, Holanda e Reino Unido (as universidades canadenses participam de dois editais). A inscrição pode ser feita pela internet até o dia 14 de setembro.

Outro programa anunciado foi o Jovens Embaixadores, que será lançado a partir de outubro deste ano. “Esses jovens vão aprender, primeiro, a valorizar o Brasil e, depois, irão disseminar essas informações lá fora.

Queremos mostrar a importância da ação conjunta entre o turismo e a universidade para poder agregar valor e gerar oportunidades de negócios também. O estudante falando bem do País vai atrair estrangeiros para cá”, disse a coordenadora de Estruturação de Produtos da Embratur, Patrícia Fernandes.

Cenário

Hoje, Pernambuco tem três universidades federais – Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Universidade Rural Federal de Pernambuco (UFRPE) e Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf); uma estadual – Universidade de Pernambuco; 13 autarquias municipais; e um uma instituição privada comunitária, confessional e sem fins lucrativos, que é a Universidade Católica de Pernambuco. Segundo a gerente geral de Políticas de Ensino Superior e Pesquisa da Sectec, Aronita Rosenblat, todas têm programas de intercâmbio.

“Essa reunião preparatória é para mobilizar a comunidade acadêmica e orientá-la [os reitores, coordenadores de relações internacionais e diretores de instituições de Pernambuco] a enxergar os pontos de interesse comum [com universidades dos Estados Unidos] e fazer parcerias para desenvolver o ensino superior, a pesquisa e a inovação, quando ocorrer o encontro em novembro.

Tudo isso favorece também a união de culturas e promoção da paz, o intercâmbio de línguas estrangeiras e transferência de tecnologia”, falou Rosenblat. Presente no evento, a cônsul interina do Consulado dos Estados Unidos em Pernambuco, Heide Arola, comentou o esforço do estado em estimular o intercâmbio de jovens para o país norte-americano.

“Vejo aqui ações pioneiras, inovadoras, como programas de ensino da língua inglesa nas escolas e universidades, para que os estudantes consigam bolsas. Esse encontro é outro exemplo, porque vai trazer reitores das universidades, não representantes, ou seja, gente que realmente pode decidir sobre o que querem aproveitar das universidades daqui”, apontou.

De olho no Tio Sam As universidades e autarquias de Pernambuco têm cerca de dois meses para se organizar de forma que possam aproveitar bem o encontro com os reitores dos EUA. A diretora de Relações Internacionais da Universidade Federal de Pernambuco, Suzana Queiroz, informou que, desde 1998, quando foram firmadas as primeiras parcerias com universidades estrangeiras, até 2011, cerca de 1.420 estudantes já viajaram.

 O destino mais procurado é a Europa. Portugal, Espanha, França e Alemanha são os mais procurados. Já a UFPE recebeu 740 intercambistas, a maioria também veio da Europa.

“São universidades conveniadas, onde o estudante só recebe insenção de algumas taxas. Também recebemos bolsas de instituições privadas e de incentivo à mobilidade acadêmica e pesquisa. Neste encontro, vamos querer ampliar a parceria com as universidades dos EUA, aproveitando esse momento de abertura do País norte-americano, que estava um pouco fechado à imigração desde de [o ataque terrorista de] 11 de Setembro [de 2001]”.

Fonte:G1

Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)