Greve de fiscais agropecuários afeta exportações de frutas em PE
Por conta da greve dos fiscais agropecuários do Ministério da Agricultura, que começou na última segunda-feira (6), a comercialização de frutas está ameaçada no Vale do Rio São Francisco, no Sertão nordestino. A região é responsável por 95% da exportação de manga, por exemplo. Sem o trabalho dos profissionais, os certificados de exportação não podem ser emitidos e as mangas ficam impedidas de viajar.
O documento só é liberado quando amostras da fruta são coletadas e analisadas; todo processo é feito ao longo de um plantão de 12 horas. Depois da greve, a jornada foi reduzida para 8h, tempo que, de acordo com os produtores, não é suficiente para suprir a necessidade da demanda.
Em uma fazenda na região, na fronteira entra a Bahia e Pernambuco, os fiscais estão trabalhando normalmente graças a uma liminar na Justiça, que alegou que o produto poderia apodrecer.
Mesmo assim, foram registrados prejuízos. “Eles avisaram a gente com antecedência que iria ter essa paralisação. Nós nos programamos e paralisamos a colheita. A gente estava processando em torno de 100 toneladas diárias, mas diminuímos. Estamos com prejuízo de 200 a 300 toneladas por dia”, contou Rafael Macedo, gerente do empreendimento.
Os fiscais não quiseram gravar entrevista com a equipe da TV Grande Rio, afiliada da Rede Globo. Entre as reinvindicações dos manifestantes, estão melhores salários e realização de concurso para contratação de novos profissionais. Só em Pernambuco, são 130 servidores. “A gente tem medo principalmente da demora, do atraso de embarque. Por se tratar de fruta, que é um produto perecível, qualquer dia de atraso afeta a qualidade do produto. Se tiver realmente nesse período de exportação, nesse nível de greve, podemos sim perder frutas, principalmente mangas”, relatou Edis Matsumoto, coordenador da Câmara de Fruticultura de Petrolina.
A greve também está trazendo prejuízos ao Porto de Suape, no Grande Recife. De acordo com a categoria, até agora 853 toneladas de mercadorias foram impedidas de entrar e de sair do porto, provocando um prejuízo de mais de R$ 3 milhões. Entre os produtos retidos, estão uísque, madeira, açúcar, lagosta e atum.
Fonte: G1
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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