Após passeata de servidores federais, via no Centro é liberada
A pesseata dos servidores públicos federais terminou às 13h desta quinta-feira (9), na Cinelândia, no Centro do Rio de Janeiro. Com isso, as quatro faixas da Avenida Rio Branco foram totalmente liberadas.
A manifestação teve início às 11h40, na Candelária, também no Centro. As quatro pistas da Avenida Rio Branco chegaram a ficar totalmente interditadas.
No final da manifestação, representantes do movimento dos professores federais em greve queimaram um boneco, apelidado por eles de Proifes (Federação de Sindicatos de Instituições Federais de Ensino Superior).
“Esse Judas é o Proifes, que hoje é a entidade sindical que traiu todo o movimento. Eles foram os únicos que assinaram o acordo proposto pelo governo”, explicou o professor de pedagogia da Unirio Leonardo Villela de Castro.
O diretor do Sindicato dos Trabalhadores do Serviço Público Federal no estado do Rio, Geraldo Nunes Pereira Filho, disse que o principal objetivo do protesto é pressionar para o governo para atender às reivindicações do servidor público federal.
Segundo ele, a proposta foi apresentada em fevereiro ao Governo Federal, que até o momento não se manifestou.
“Continuamos com o vale transporte e alimentação extremante defasado. O nosso plano de saúde teve aumento de 150%. Em função disto, muita gente está saindo do plano”, disse.
Ele afirmou ainda que está prevista, nesta quinta-feira, uma reunião com o governo para discutir a questão dos benefícios. De acordo com o diretor do sindicato, a defasagem salarial do servidor executivo é enorme para outras categorias. “Tem gente com o nível superior em final de carreira que ganha cerca de R$ 5 mil, enquanto outras categorias chegam a ganhar R$ 18 mil. Queremos que essa disparidade diminua”, explicou.
Participaram da passeata servidores do Ministério da Fazenda, da Defesa, Arquivo Nacional, Agricultura, Turismo, Previdência, Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre (Dnit) e Polícia Rodoviária Fedral (PRF), como informou Geraldo Nunes.
Exportações prejudicadas
Segundo o diretor do Sindicato Nacional dos Fiscais Agropecuários, as exportações do país podem ser seriamente afetadas caso o governo federal não abra concurso público para a contratação de novos fiscais. “Os fiscais cuidam dos produtos agropecuários que entram e saem do país. Mas nos últimos 10 anos as exportações aumentaram 340%. Hoje temos 3.600 fiscais.
Precisamos de pelo menos 10 mil para que a qualidade do nosso trabalho não seja afetada”, explica Ronaldo Gil Pereira, diretor do sindicato.
Para os servidores do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), além de concurso público, é fundamental o reajuste salarial dos servidores do IBGE. “Estamos sem reajuste desde 2008.
Vamos continuar em greve até que uma contraproposta seja apresentada. “Estamos em greve desde o dia 18 de junho. Só esse ano já tivemos cinco reuniões com o governo e nada foi apresentado”, destaca Susana Drumond, diretora do Sindicato Nacional dos Trabalhadores do IBGE.
De acordo com ela, a realização de concurso público também é fundamental, já que atualmente o instituto tem 6.600 concursados e 4.100 temporários, o que, segundo ela, pode afetar seriamente a qualidade da informação prestada pelo IBGE.
Operação da PF no Galeão
Na quarta-feira (8), passageiros de voos internacionais com embarque no Rio de Janeiro foram submetidos a uma rigorosa inspeção nos documentos e bagagens de mão. A minuciosa revista causou filas no embarque no Aeroporto Internacional Tom Jobim/Galeão.
A medida foi tomada por agentes da Polícia Federal, que iniciaram um movimento chamado de “Operação Padrão” para reivindicar aumento salarial e um plano de reestruturação de carreira.
Além da revista detalhada, o movimento grevista optou em emitir no posto do aeroporto apenas passaportes emergenciais e outras exceções, como atendimento para idosos, para moradores de outras cidades ou gestantes.
Ação na Ponte Rio-Niterói
Também na quarta-feira (8), a Ponte Rio-Niterói registrou um caos no trânsito. Além de um incêndio em um ônibus, agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) realizaram blitzes nos dois sentidos da Ponte, como protesto para chamar a atenção para as reivindicações da categoria.
O ato teve início às 13h e terminou às 15h devido ao aumento do fluxo de veículos no sentido Niterói. Carros, motos e ônibus foram fiscalizados. Segundo o Sindicato da Polícia Rodoviária Federal do Rio (SindPRF-RJ), a manifestação reivindica um plano de cargos e salários e concurso para suprir o déficit de 4.000 vagas no órgão.
Fonte: G1
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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