Após operar em alta pela manhã, dólar fecha em queda nesta quinta
“Estamos vendo uma reversão da aversão ao risco, com perspectivas de melhora no exterior”, afirmou o economista-chefe da Gradual Investimentos, Andre Perfeito.
China A produção industrial da China desacelerou inesperadamente em julho, para o nível mais fraco em mais de três anos. A inflação ao consumidor anual, por sua vez, recuou para uma mínima de 30 meses no mês passado, o que dá espaço para mais afrouxamento monetário com o objetivo de estimular o crescimento da segunda maior economia do mundo.
A expectativa de estímulo monetário pelo gigante asiático somava-se às esperanças de que o BCE irá intervir nos mercados de dívida da Espanha e da Itália para combater a crise da dívida da zona do euro.
Europa
O membro do Conselho Administrativo do BCE Christian Noyer afirmou nesta quinta-feira que o banco está determinado a diminuir os excessivos custos de empréstimo que estão prejudicando a Espanha e a Itália e que a autoridade monetária deve estar pronta para intervir decisivamente nos mercados de títulos muito em breve.
EUA
Uma queda inesperada dos pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos também ajudava a sustentar o sentimento do investidor. Os novos pedidos do benefício caíram inesperadamente na semana passada, em 6 mil, para 361 mil, segundo dados ajustados sazonalmente.
“Os números norte-americanos vieram um pouco melhores do que o mercado esperava, e isso está ajudando a manter o investidor mais otimista. Mas o mercado continua cauteloso, e o nosso câmbio está sujeito a operações pontuais”, afirmou o superintendente de câmbio da Intercam Corretora, Jaime Ferreira, descando que o volume negociado desta sessão estava pequeno.
Também há a expectativa de que outros bancos centrais possam agir, como o Federal Reserve, banco central norte-americano, caso venham dados piores sobre a economia do país.
Com isso, os mercados têm se mantido em compasso de espera e com um fraco volume de negociações. “Não tem nada de novo acontecendo, o volume está pequeno…”, disse o especialista em câmbio da Icap Corretora Italo dos Santos.
Piso de R$ 2
Apesar de destacarem que o volume de negócios do mercado continua fraco e que as oscilações têm sido pequenas, operadores acreditam que o dólar pode se aproximar ainda mais do patamar de R$ 2. Mas lembram que, próximo desse nível, aumenta o receio de uma atuação do Banco Central. “Parece que está ocorrendo mais fluxo de estrangeiro para cá, com a melhora da percepção de risco lá fora”, disse o economista-chefe do BES Investimentos, Jankiel dos Santos.
Com o terceiro pregão de queda do dólar ante o real e um cenário um pouco melhor, parte do mercado passou a enxergar a possibilidade de a moeda voltar a R$ 2 e até cair abaixo desse nível, que tem sido visto como um piso informal imposto pelo governo. “Com o andar da carruagem, o dólar pode escorregar para os R$ 2 e o mercado começa a ficar de sobreaviso sobre uma possível atuação do BC na compra”, disse o especialista.
A última vez em o dólar fechou abaixo de R$ 2 foi no dia 2 de julho, quando encerrou em 1,9874 real. Após a moeda quebrar essa barreira, no dia seguinte, o diretor de Política Monetária do BC, Aldo Mendes, declarou que a moeda norte-americana abaixo de R$ 2 poderia ser prejudicial à indústria brasileira, e que a autoridade monetária poderia atuar comprando dólares no mercado futuro.
Fonte: G1
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
Nenhum comentário