Colégio de Aplicação obtém maior nota do país
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
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Pelo terceiro ano consecutivo, o Colégio de Aplicação da UFPE obteve a maior nota entre escolas públicas brasileiras no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), nos anos finais do ensino fundamental. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (14) pelo Ministério da Educação (MEC).
Pernambuco ficou com média geral de 3,4 no Ideb, superando por pouco a projeção estadual para o período, que era de 3,3. O resultado também é superior ao índice anterior, de 2009, que era de 3,3. A nota do estado é a segunda maior do Nordeste, atrás apenas do Ceará, que ficou com 3,7.
Em relação ao desempenho das redes pública e privada de Pernambuco especificamente, o estado ficou com nota 5,5 para a rede provada de ensino e de 3,1 para a rede pública estadual.
Criado em 2005, o índice mede a qualidade da educação básica no país. Se fosse uma prova, o Ideb poderia se dizer que finalmente o país ficou “na média”. É o que apontam os números de 2011: em uma escala de 0 a 10, a nota atribuída aos anos iniciais do ensino fundamental é 5. O resultado supera a meta estabelecida para 2011, 4,6 pontos. Também é 0,4 ponto superior ao verificado em 2009.
O Ideb é calculado a partir da taxa de aprovação e do desempenho dos alunos na Prova Brasil, avaliação aplicada pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) a cada dois anos. Com base nessas informações, são atribuídas notas para cada escola pública do país, assim como para as redes de ensino e para os municípios e os estados. Cada escola, prefeitura e governo estadual tem uma meta que deve ser atingida de dois em dois anos.
O indicador atribui uma nota diferente para três etapas da educação básica: anos iniciais do ensino fundamental (1° ao 5º ano), anos finais do ensino fundamental (6º ao 9º ano) e ensino médio. Se nos anos iniciais houve crescimento de 0,4 ponto, nos anos finais a melhora é mais lenta – a nota passou de 4 pontos em 2009 para 4,1 em 2011. No caso do ensino médio, a situação é mais grave: na média nacional, a meta de 3,7 pontos foi atingida, mas nove estados pioraram seu desempenho em relação a 2009.
Para a diretora executiva do Movimento Todos pela Educação, Priscila Cruz, os resultados dos anos iniciais do ensino fundamental devem ser comemorados. “A gente está acertando a mão. Já sabemos o que fazer [para melhorar a aprendizagem], o que precisamos é intensificar as ações. Já [a fase final do] ensino fundamental é o nó invisível, existem poucas políticas voltadas para essa etapa. E no ensino médio está a crise, não conseguimos evoluir”, aponta.
O objetivo do Ideb é fomentar a melhoria da qualidade do ensino para que o país atinja a nota 6 para as séries iniciais do ensino fundamental até 2022, bicentenário da Independência. Em 2005, o Ideb aferido para os anos iniciais foi 3,8. Em 2007, subiu para 4,2, em 2009, para 4,6, e agora chegou aos 5 pontos. Em todas as edições, as médias nacionais superaram as metas estabelecidas para o período.
O professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Márcio Costa avalia que os resultados devem ser analisados com cautela. “Eu não asseguraria que esse resultado quer dizer necessariamente que há uma melhoria na qualidade da educação”, diz. O pesquisador aponta que os resultados em educação muitas vezes estão conectados a fatores externos à escola, como a condição social dos alunos.
“Um dos fatores mais associados ao desempenho escolar é o nível socioeconômico da população. Com a melhoria de renda que o país vive, é esperado que isso tenha um reflexo na educação, portanto o resultado não necessariamente é fruto da política educacional. Em educação, tudo é um conjunto complexo de fatores”, destaca.
Para o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, os resultados precisam ser comemorados. “Quero parabenizar os professores do Brasil que permitiram no seu trabalho cotidiano que o Brasil alcançasse esse resultado”, disse.
Fonte: Diário de Pernambuco
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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