Dias de alegria e superação
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
- Category : Clipping
A lista de prêmios e medalhas do nadador Daniel Dias só não é maior do que sua determinação e humildade. Paulista de Campinas, ele nasceu com má- formação congênita dos membros, sem os braços e uma das pernas, pesando apenas 1,97kg – o que não impediu de figurar, aos 24 anos, entre os grandes nomes do esporte brasileiro, sendo um dos três do país a ser premiado com o Laureus, uma espécie de Oscar do esporte, ao lado de ninguém menos que Pelé e Ronaldo Fenômeno.
Nesta quarta-feira, Daniel viverá uma experiência diferente, que tem lhe tirado o sono. Ele será o responsável por conduzir a bandeira brasileira na cerimônia de abertura da Paralimpíada, a partir das 20h30 (de Brasília), no Estádio Olímpico de Londres. Sem tempo para descanso, já cai na piscina do Centro Aquático nesta quinta-feira para competir nas classes S5, SB4 e SM5, para atletas com limitação físico-motora.
Oito anos após descobrir a natação paralímpica assistindo Clodoaldo Silva competir em Atenas’2004, Daniel chega a Londres como principal esperança de medalha para o Brasil, ao lado do próprio Clodoaldo, e de André Brasil. A natação é responsável por 69 das 186 medalhas conquistadas pelo país desde 1972, ficando atrás apenas do atletismo, que tem 91. As duas modalidades são as apostas para esta edição.
Dono de nove medalhas (sendo seis de ouro) em Pequim’2008, Daniel foi apontado pelo presidente do Comitê Paralímpico Internacional (IPC), Philip Craven, como uma das estrelas dos Jogos de Londres. No entanto, não é o status de estrela da delegação e os rivais que têm tirado o sono de Daniel. Em sua segunda Paralimpíada e vindo de nove medalhas de ouro no Parapan de Guadalajara’2011, a entrada no Estádio Olímpico, nesta quarta, é que mais tem preocupado o nadador. “Vai ser uma coisa que nunca senti antes. Como se fosse a conquista de uma medalha de ouro. Fazem duas noites que tenho sonhado com isso. Até perguntei para o médico se tem um remédio para parar de sonhar com a bandeira”, brincou Daniel.
Confiança Sobre as competições, ele se diz tranquilo e mudou até o visual para os Jogos. “Deixei a barba, vamos ver na estreia. Talvez fique só de bigode”, brincou, antes de analisar suas chances de pódio. “Confesso que estou mais nervoso para carregar a bandeira. Nadar, eu treinei para isso. A emoção é muito grande. Não vou garantir a cor das medalhas, mas espero que sejam todas de ouro”, afirmou Daniel, que é detentor do recorde mundial nas provas de 100m e 200m livre, 100m costa e 200m medley.
LONDRINAS
Shakespeare inspira cerimônia de abertura
A obra A Tempestade, de William Shakespeare, vai inspirar a cerimônia de abertura, nesta quarta, às 16h30 (de Brasília). O tema será “Iluminação” e, segundo o diário britânico The Mirror, uma atriz cadeirante interpretará Miranda, personagem do monólogo shakespeariano. A rainha Elizabeth II, que acaba de celebrar o jubileu de 60 anos, abrirá oficialmente os Jogos ao lado do presidente do Comitê Paralímpico Internacional (IPC, sigla em inglês), Philip Craver. A festa vai homenagear ainda o físico britânico Stephen Hawking.
Vida de Clodoaldo vai virar filme
Brasileiro com maior número de medalhas paralímpicas (13), o potiguar Clodoaldo Silva vai ser tema de documentário previsto para o próximo ano. O projeto dos cineastas André Baseggio e Gustavo Carvalho foi aprovado na Lei de Incentivo ao Esporte, há dois meses, e a captação de imagem começou no Parapan de Guadalajara. “Vai ser a história de pessoa com deficiência, que nasceu em Natal, foi abandonado pelo pai e que tinha todos os motivos para se fazer de coitadinho – e não fez. Pelo contrário: superou tudo e se tornou um dos maiores atletas paratletas do mundo”, explicou Clodoaldo.
18 mil luzes de LED vão ser usadas na cerimônia de abertura
Mineira quer usar vendas coloridas
A mineira Terezinha Aparecida Guilhermina (foto), dona de quatro medalhas paralímpicas, aguarda autorização do IPC para exibir uma atração nas provas dos 100m, 200m e 400m do atletismo. Conhecida por ser extrovertida e pelas danças ao fim de cada prova, Terezinha vai correr com vendas coloridas e com desenhos, confeccionadas especialmente. “Acho que vou correr com elas, pois não tem nenhuma marca (o que é proibido). Eu tento passar felicidade para os outros. É meu jeito e as pessoas me conhecem assim”, explicou a mineira de Esmeradas, na Região Metropolitana de BH. Na Vila Olímpica, ela chama atenção pelos chapéus e unhas coloridas.
Fonte: SuperEsportes
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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