Metroviários decidem manter as atividades
Os funcionários da CBTU-Metrorec, em assembleia realizada na noite desta segunda-feira (10), decidiram acionar o Ministério Público do Estado em vez de paralisar suas atividades, como chegou a ser especulado durante a semana passada.
O objetivo do encontro foi discutir o desligamento de dois funcionários da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), ocorrida na última quinta-feira (04) e a de outros cinco que já foram avisados e que deve acontecer nos próximos dias.
O impasse se iniciou quando a CBTU, judicialmente, começou a caçar as liminares que garantiam a estabilidade dos trabalhadores que passaram no concurso de 2005, mas que não foram convocados. Eles conquistaram o ingresso no quadro da estatal apenas depois de medida judicial, que obrigou a CBTU a realizar tais convocações.
O diretor de comunicação do Sindicato dos Metroviários (Sindmetro), Diogo Morais, afirmou que os metroviários tentarão levar a empresa à justiça para que não haja redução do quadro. Dois funcionários já foram desligados e outros 153 estão sob a mira da administração da autarquia.
Os funcionários, todos concursados dentro do números de vagas oferecidas em 2005, foram desligados sob a alegação de que o orçamento da empresa estaria comprometido. Segundo informações da diretoria do Sindmetro, o desligamento, ao contrário da demissão, não permite nem mesmo os direitos trabalhistas dos servidores. Além disso, os sindicalistas também alegam que além da necessidade de ampliação dos serviços por parte da CBTU-Metrorec, mais de 25% de toda a folha da empresa é composta por horas-extras, o que vai na contramão dos desligamentos.
Na avaliação do Sindmetro, “tais demissões além de injustas, confirmam uma contradição em que a presidência da CBTU estaria entrando. Tais demissões não se justificam, existe uma ampliação do sistema em andamento, a demanda de usuários vai aumentar. Inclusive se fala até em realização de um novo concurso para o metrô. Como querem agora demitir trabalhadores?”, questionou Morais.
O diretor afirmou ainda que o contato com o Ministério Público será feito o mais rápido possível, e, caso não sejam atendidas, os metroviários terão de recorrer a novas paralisações.
Fonte: Folha PE
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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