Polícia Civil faz operação de busca e apreensão nas sedes das organizadas
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
- Category : Clipping
Depois de serem proibidas de frequentar os estádios pernambucanos por tempo indeterminado, as torcidas organizadas do Náutico (Fanáutico), Sport (Jovem) e Santa Cruz (Inferno Coral) entraram na mira da Polícia Civil. Setenta policiais com mandados de busca e apreensão visitaram seis sedes desses grupos na tarde desta sexta-feira. A operação foi batizada de Jogo da Paz.
A abordagem envolveu cinco delegados de polícia, suas equipes e outros cinco grupos extras e teve o intuito de apreender objetos armazenados nas sedes ligados à prática criminosa.
– Isso não terminou aqui. Teremos outras operações. Estamos nos juntando para um melhor disciplinamento nos eventos esportivos. Essa é a apenas uma fase. É possível que nós façamos isso em outros locais também. Queremos identificar pontos previamente marcados por eles. É uma situação dinâmica. Mas que não vai acabar por aqui. – destacou o delegado José Silvestre, chefe da Coordenação de Operações e Recursos Especiais (CORE) responsável pela operação.
Na sede da Inferno Coral, localizada no bairro do Arruda, próxima ao estádio do Santa Cruz, a polícia não encontrou objetos que indicassem crime por parte da organizada. Seis agentes entraram com mandado de busca, interrogaram oito integrantes, sendo três diretores, e depois começaram uma revista por armários e móveis do local.
– Nosso objetivo era encontrar armas, drogas ou qualquer coisa que indicasse crime. Revistamos toda a casa, abrimos armários trancados e está tudo ok. Estamos conversando com os integrantes e faremos um mapeamento deles para saber se são fichados ou se têm problemas com a lei – explicou o delegado Diogo Faria.
Na sede a Império Coral, a segunda maior organizada do Santa Cruz, localizada na avenida Beberibe, também perto do campo do Santa Cruz, os policiais apreenderam um computador, ingressos e uma lista de integrantes para fazer o mesmo mapeamento em busca de algum ato ilegal.
– A Polícia pretende fazer um cruzamento de diversos dados, desde imagens que nós temos da própria imprensa, até dados de identificação das próprias torcidas. Não havia o interesse de algumas torcidas em oferecerem elementos para a identificação. Algumas falsificavam os seus endereços. Isso dificultava o trabalho da polícia – destacou José Silvestre.
De acordo com o chefe do CORE, a ação não foi motivada por qualquer tipo de denúncia e explicou a razão da operação ter resultado em poucas apreensões.
– Eles já sabiam que seriam alvos nossos. Talvez, por isso, não encontramos o que de fato queríamos e sabíamos que pode ser encontrado. Na sede da Torcida Jovem, foi claramente dito ao delegado da operação que o advogado da torcida já os havia alertado sobre a possibilidade da nossa operação. Eles já estavam esperando por isso, mais cedo ou mais tarde. Aí procuraram se precaver. Na Inferno, na Império e na Fanáutico, apreendemos algumas fichas de identificação em que eles fazem um cadastramento, dois computadores, sendo um notebook e um desktop. Nós vamos fazer uma perícia para ver se eles têm alguns conteúdos ilegais. Posteriormente, serão devolvidos às torcidas.
No final da operação, nenhum integrante das organizadas foi detido.
– Não tivemos nenhuma pessoa detida. Também nenhuma arma ou explosivo. Eles sabiam que as sedes seriam alvos prioritários. Mas nós temos informação que eles se reúnem em locais diversos para tentar evitar nossa ação. Não necessariamente toda torcida é criminosa e todo integrante faz esse tipo de coisa. Mas se sabe que há um grande número de pessoas ligadas a essas torcidas que estão praticando violência. Nesse caso, a identificação dessas pessoas é primordial.
Série sobre organizadas
Ao longo desta semana, o GLOBOESPORTE fez uma série de reportagens sobre as torcidas organizadas do Náutico, Sport e Santa Cruz. A primeira reportagem destacou a paixão dos integrantes pelos grupos a que pertencem. No segundo texto da série, o GLOBOESPORTE.COM mostrou que as uniformizadas têm uma influência que vai além das arquibancadas. A relação comercial e financeira entre as organizadas e os clubes foi o assunto da terceira reportagem.
Na quarta reportagem, os casos de violência e mortes envolvendo as torcidas organizadas em dias de jogos no Recife. O medo dos moradores e comerciantes que transitam ao redor dos estádios do Náutico, Sport e Santa Cruz foi o quinto texto. A penúltima reportagem destacou as ações sociais promovidas pelas uniformizadas. Por fim, especialistas opinaram sobre a relação entre as torcidas e a violência na capital pernambucana nos dias de jogos.
Fonte: G1 PE
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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