Papa Francisco destaca o papel especial das mulheres na Igreja
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
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O papa Francisco destacou nesta quarta-feira (3) o papel especial das mulheres na Igreja católica ao lembrar que elas foram as primeiras a acreditar na ressurreição de Jesus Cristo, uma mensagem que, para alguns, abre a esperança para a designação de mulheres a cargos de alto escalão da Cúria Romana.
Diante de 30.000 fiéis reunidos na praça de São Pedro, entre eles 10.000 provenientes de Milão (norte da Itália), o Papa lembrou que as mulheres são fundamentais para transmitir a fé, apesar de serem consideradas na antiguidade testemunhas não confiáveis.
“Estão impulsionadas pelo amor e sabem receber este anúncio com fé: acreditam e imediatamente transmitem, não o guardam para si. A alegria de saber que Jesus está vivo, a esperança que enche seus corações não pode ser contida. Isto também deveria acontecer em nossa vida”, disse o Papa durante a tradicional audiência de quarta-feira na Praça de São Pedro.
Francisco, que decidiu falar apenas em italiano aos fiéis, já que não se sente seguro em outros idiomas, e que evita falar inclusive espanhol, sua língua materna, lembrou em algumas palavras por vezes improvisadas a bela missão das “mulheres, das mães e avós que levam este testemunho aos filhos e netos”.
“É significativo o fato de que sejam mulheres, que, segundo a lei, não podiam dar um testemunho confiável, as primeiras a anunciar a ressurreição. Deus não as elege com critérios humanos, mas olha para seu coração”, explicou.
“As mulheres tiveram e têm um papel primordial, fundamental” na história da Igreja, repetiu o Papa, marcado pessoalmente pela religiosidade de sua mãe e avó.
O Papa sul-americano, de 76 anos e que voltou a atrair nesta quarta-feira uma multidão, desceu do papamóvel para acariciar crianças e doentes e abençoar casais, o que começa a preocupar os agentes de segurança.
Francisco foi aplaudido e interrompido em várias ocasiões pelos milhares de fiéis presentes na audiência, entre eles muitos jovens de Milão liderados pelo cardeal Angelo Scola, que organizou a peregrinação e que foi saudado calorosamente pelo Papa.
O pontífice jesuíta, eleito no dia 13 de março em um momento de crise para a milenar instituição, desacreditada nos últimos anos por uma série de escândalos internos de abuso de poder, tráfico de influências e até intrigas de sexo, deverá iniciar uma série de reformas na Cúria Romana, o governo central da Igreja.
A evocação do delicado tema do papel da mulher durante a audiência geral pode ser uma forma indireta de o novo chefe da Igreja abrir a porta à possibilidade de nomear mulheres para cargos importantes, até agora nas mãos de homens.
Segundo a teóloga Cettina Militello, entrevistada pela Rádio Vaticano, “Jesus manifestou uma atenção particular ao déficit cultural da mulher: déficit religioso, físico, legal”, disse.
Quase dois mil anos mais tarde, as mulheres ainda não têm o lugar que merecem na hierarquia eclesiástica e por isso muitos teólogos, e, sobretudo, teólogas de todo o mundo, debatem sobre o tema para pedir uma mudança e, inclusive, a ordenação de mulheres sacerdotes.
Na Espanha e nos Estados Unidos existem grupos de mulheres, que contam inclusive com a participação de freiras, que exigem a paridade na Igreja e denunciam a discriminação.
As freiras dos Estados Unidos estão há anos no olho do furacão da Cúria por sua batalha e pedem o acesso ao sacerdócio, uma reivindicação que por enquanto não está em discussão.
Fonte: AFP
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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