Procuradoria do Egito ordena prisão do líder da Irmandade Muçulmana
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
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A Procuradoria-Geral do Egito voltou a ordenar nesta quarta-feira a prisão do líder religioso da Irmandade Muçulmana, Mohamed Badie. Desta vez, ele é acusado de incitar à violência durante o protesto em frente à Guarda Republicana, na última segunda (8).
As manifestações foram convocadas após um discurso de Badie, na última sexta (5), em que pediu mais pressão dos islamitas contra a deposição do presidente deposto Mohamed Mursi. Os protestos acabaram em confronto com os militares, que deixou 55 mortos e mais de 300 feridos.
Este é o segundo mandado de prisão contra o líder religioso. O primeiro foi feito na quinta (4), quando ele foi acusado de incitar a morte de oito manifestantes liberais durante a invasão à sede da Irmandade Muçulmana, no Cairo, em 30 de junho.
Além dos dois, outros altos integrantes da Irmandade também tiveram prisão decretada, incluindo o vice de Badie, Mahmoud Ezzat, e os outros líderes do partido Essam El-Erian e Mohamed El-Beltagi, que também comandam o braço político do movimento, o Partido Liberdade e Justiça.
Na semana passada, cerca de 250 membros da entidade receberam ordem de prisão por envolvimento nas mortes na invasão da sede da Irmandade. Já o presidente Mohamed Mursi foi proibido de sair do país após ser acusado de “insultar o Poder Judiciário”, após acusar os juízes de apoiarem a ditadura de Hosni Mubarak.
Mohamed Badie chegou a ter a prisão anunciada na última quinta (4), mas reapareceu em discurso na sexta (5), durante um protesto em frente à mesquita de Rabia al Adawiya. Milhares de seguidores da Irmandade têm mantido uma vigília perto do templo, pedindo a volta de Mursi, deposto pelo Exército há uma semana.
Nesta quarta, o porta-voz da Irmandade Muçulmana, Gehad el-Haddad, disse que os líderes do movimento ainda não foram presos. Para ele, os mandados são uma tentativa das autoridades interinas de diminuir a vigília convocada pela entidade. Ele disse que alguns dos procurados pela Justiça estão no local da vigília.
MURSI
Mais cedo, o porta-voz da Chancelaria egípcia, Badr Abdelaty, disse que o presidente deposto Mohamed Mursi está em um “local seguro para seu próprio bem e é tratado com dignidade”. Ele afirmou que o mandatário retirado pelo Exército não é alvo de nenhum processo judicial.
Na última quinta (4), no entanto, ele foi proibido de sair do país após ser acusado pela Promotoria de “insulto ao Poder Judiciário”. A acusação foi baseada em um discurso de 26 de junho, em que Mursi chama os juízes de resquício do regime de Hosni Mubarak e os acusa de terem a intenção de destruir a democracia no Egito.
Além do pronunciamento, o mandatário acusou vários juízes de participarem de fraudes eleitorais durante a ditadura. A Irmandade Muçulmana afirma que ele está preso na sede da Guarda Republicana, no Cairo, mas os militares não confirmaram o local de prisão.
Fonte: Folha de S.Paulo
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)
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