Moradores do Coque discutem desapropriação de casas com o governo
- By : Assessoria de Comunicação do Deputado Gonzaga Patriota
- Category : Clipping
Representantes do Coque, comunidade da área central do Recife, se reúnem nesta sexta-feira (30) para discutir a construção do sistema viário do novo Terminal Integrado da Ilha Joana Bezerra. Eles se encontram à tarde com o secretário da Casa Civil, Tadeu Alencar, para conhecer o projeto elaborado pela Secretaria das Cidades, que prevê a demolição de 58 casas na área.
Com os detalhes em mãos, pretendem estudar o impacto da construção e elaborar proposta alternativa para as vias de acesso ao empreendimento. A Procuradoria-Geral do Estado garantiu que o governo vai analisar as sugestões, mas reafirmou que será preciso derrubar imóveis.
As desapropriações não agradam aos moradores, que não aceitam a indenização oferecida. “Não quero deixar minha casa, porque toda a minha vida está aqui. Se tiver mesmo que sair, quero receber um valor que dê para comprar outro imóvel. O dinheiro que ofereceram não dá para nada”, revelou a aposentada Maria José Alves, 65 anos. Ela mora com a família há mais de duas décadas em uma casa de seis cômodos da Rua Jaraguari e deve receber R$ 33 mil pelo imóvel. A reclamação se repete entre outros moradores. Dona Tiene, por exemplo, só vai ganhar R$ 20 mil pela casa em que vive há 30 anos.
Segundo o procurador-geral do Estado, Thiago Norões, os valores correspondem à estrutura de cada imóvel e estão sendo negociados. Se não houver acordo, a questão será analisada pela Justiça. O processo teve início em maio, quando técnicos da Secretaria-Executiva de Desapropriação avaliaram o que precisaria ser derrubado e informaram os moradores sobre a obra. “Vamos concluir as negociações em setembro, para que as casas sejam desocupadas e as obras iniciadas. O viário não vai deixar de ser construído”, declarou o procurador.
Mesmo ressaltando a necessidade de derrubar imóveis, Thiago Norões admitiu ser possível estudar outras rotas para a pista. “Desapropriação não é coisa boa, mas vai acontecer. Sempre há aqueles que são penalizados e indenizados para que um bem maior seja feito. O que se pode pensar agora é um caminho que diminua a quantidade de casas demolidas”, disse.
Chico Ludermir, um dos representantes da comunidade e membro do movimento Coque (R)Existe, explicou que ainda não foi possível elaborar um projeto alternativo porque a sociedade não teve acesso a detalhes da via pensada pelo governo, como o trajeto e o cronograma de obras. “O processo de negociação das desapropriações foi feito de morador a morador. O governo não reuniu a comunidade para apresentar o projeto. Com essas informações, poderemos ver se há outra rota para o viário, que evite a demolição das casas”, disse Chico.
Segundo a Secretaria das Cidades, a pista que será construída no Coque vai facilitar a entrada e a saída dos ônibus do novo TI da Joana Bezerra, cujas obras devem ser concluídas em novembro. A rota planejada inicialmente passa por ruas residenciais, por isso exige a demolição de 58 casas. Dessas, 41 serão totalmente derrubadas e 17 perderão apenas alguns cômodos.
Fonte: JC Online
Blog do Deputado Federal GONZAGA PATRIOTA (PSB/PE)





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